Governo não tem medo de investigação sobre a Petrobras, diz ministro
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem (3) à Agência Brasil que o governo da presidenta Dilma Rousseff não tem medo da investigação que está sendo feita na Petrobras sobre as denúncias de pagamento de suborno por parte da empresa holandesa SBM Offshore a empregados da estatal.Saiba Mais
Ele foi à Escola Nacional de Administração Pública (Enap), onde 16 especialistas de todo o país se reunem para a escolha dos 30 projetos e iniciativas de prefeituras e organizações sociais a serem contemplados pela 5ª edição do Prêmio ODM Brasil. A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 23 de maio.
“Eu tenho dito sempre que um governo que valorizou o trabalho da CGU [Controladoria-Geral da União], da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, um governo desse não pode ter medo da investigação. O nosso problema é [com] o uso político, é essa meia verdade que começa a se propalar e o uso eleitoreiro que pode ser feito da CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]”, disse o ministro.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou na terça-feira (1º) a criação de uma CPI da Petrobras, para investigação das denúncias de irregularidades na empresa, na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. “Da investigação dos fatos em si nós não temos que ter medo, temos que enfrentar, é da vida. Quantas CPIs nós já enfrentamos ao longo desses anos, quantas vezes nós fomos ao Congresso fazer longos depoimentos, isso é da democracia”, argumentou Carvalho.
A CGU anunciou, anteontem (2), que também vai apurar as denúncias sobre a Petrobras. O objetivo da sindicância é, segundo o órgão, “aprofundar a apuração interna feita no âmbito da Petrobras”. A investigação da controladoria tem prazo de 30 dias e pode ser prorrogada.
Já a apuração da Petrobras, conforme a própria empresa anunciou na segunda-feira (31), não encontrou indícios de suborno. A empresa informou que o relatório final da investigação será encaminhado à CGU, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal e que estão sendo fornecidas aos órgãos públicos e aos órgãos de controle, todas as informações e documentos sobre o processo de compra da Refinaria de Pasadena.
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