Por decisão do governador, Arena Pantanal não será mais flexível
O conceito de estádio multiuso flexível para a Arena Pantanal foi uma bela lenda que serviu para minimizar as críticas de que o local se transformaria em um ‘elefante branco’, após a Copa do Mundo. A tão falada redução da capacidade de torcedores com a remoção das arquibancadas atrás dos gols foi definitivamente descartada pelo governador do Estado, Silval Barbosa que achou melhor deixar como está. Por outro lado, foi confirmado que após o Mundial, a Arena será entregue à iniciativa privada.
Ao justificar porque a Arena Pantanal não será mais flexível, o governador Silval Barbosa teve um bom argumento: “Não faz sentido tirarmos lugares de um estádio que ficou tão aconchegante e charmoso. Em definitivo, vai ficar assim mesmo”.
Outra justificativa utilizada pelo governador para manter a Arena do jeito que está, é a perspectiva otimista para o futebol regional. “Estamos confiantes de que Mato Grosso vai chegar à elite do futebol brasileiro em pouco tempo. Vale lembrar que o Luverdense já está na Série B. O propósito é ir além com pelo menos uma equipe de Cuiabá no cenário nacional. A própria Arena já surge como um estímulo para isso”, complementou Silval.
O projeto concebido para a Arena Pantanal previa capacidade total de público para 44 mil torcedores, com a possibilidade de redução para 28 mil pessoas com a retirada de arquibancadas que ‘poderiam ser desmontadas utilizando um guindaste’. Quando necessário, no caso da realização de um grande evento, a estrutura poderia ser recolocada e a capacidade voltaria para 44 mil torcedores.
Seria racional e interessante, mas não é essa a verdade. Na realidade, os setores Norte e Sul (localizados atrás dos gols) já foram erguidos com estrutura fixa e concretadas em formato definitivo. ‘Para reduzir a capacidade da Arena Pantanal, seria necessário um processo complexo de deconstrução parecido com uma demolição’, revelou, ao Olhar Copa, um engenheiro que preferiu não se identificar.
Vale ressaltar dois pontos, um positivo e um negativo com relação à falada ‘flexibilidade’ da Arena. Desmontando, o estádio perderia sua beleza e capacidade plena, mas traria ganho em economia. Porém, o secretário Extraordinário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães, ressalta que o impacto de manutenção do estádio com a permanência da capacidade é muito pequeno, algo em torno de 15% do total.
Segundo Guimarães, a expectativa de custo mensal para manter a arena é de R$ 250 mil por mês. “Só o futebol não mantém isso, então, o Governo do Estado vai entregar a Arena Pantanal para a iniciativa privada. Assim, o espaço será explorado para outros eventos”, afirma o secretário, lembrando que já existem empresas interessadas em assumir o estádio.
Se depender do estádio, o futebol tende a crescer a partir de agora. O ex-técnico do Mixto, Hélio Machado observou, após a inauguração da Arena, que “Cuiabá ganhou um espaço magnífico. Isso, por si só, vai estimular clubes, atletas, torcedores e patrocinadores. Creio que vamos viver uma nova era daqui para a frente”.
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