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Terça - 09 de Outubro de 2012 às 09:37
Por: HELSON FRANÇA

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A coligação “Cuiabá, Mato Grosso, Brasil”, encabeçada pelo candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), solicitou judicialmente que haja uma recontagem nos votos, urna a urna, em virtude do “apagão” verificado no domingo (7), durante a apuração e totalização dos votos. O vice do petista, Francisco Faiad (PMDB), declarou que também foi pedida à Polícia Federal a cópia de todos os inquéritos das prisões realizadas no dia da eleição, pois foi comunicado de que pessoas ligadas ao empresário Mauro Mendes (PSB), adversário de Lúdio no segundo turno, foram presas por compra de votos.

De acordo com Faiad, se na recontagem dos votos for detectada alguma diferença em relação ao resultado divulgado neste domingo, a coligação pedirá a nulidade da eleição. “O que aconteceu foi uma situação nunca antes vista. Não estamos duvidando da lisura do processo eleitoral, mas queremos esclarecer os fatos, que foram gravíssimos”.

Segundo ele, Lúdio foi prejudicado pelo fato da coligação, ao contrário dos concorrentes, não ter tido acesso de forma mais detalhada à apuração das urnas. “Não conseguimos conhecer o que, de fato, se passou. Nós não tivemos acesso aos boletins das urnas que eram divulgados a todo instante. Não podemos analisar a evolução da apuração”.

Durante a apuração dos votos, por conta de uma falha no sistema de informática da Justiça Eleitoral, que deixou Lúdio como indeferido devido a um problema – que já havia sido resolvido - com a candidatura de seu vice, os votos do petista não foram divulgados durante mais de uma hora e a contabilização total teve de ser interrompida por quase 40 minutos, até ser novamente iniciada.

O erro teria sido causado por uma falha de comunicação entre a 1ª Zona Eleitoral e o TRE, que não teria informado que o indeferimento da candidatura de Faiad já havia sido revertido. A candidatura dele já estava regularizada desde o dia 5 de setembro, ou seja, mais de um mês antes. “É inadmissível que a responsável pelo processo eleitoral não tenha tido conhecimento de um fato divulgado amplamente”, disparou Faiad, se referindo à juíza da 1º Zona, Gleide Bispo dos Santos. Seria ela a incumbida por alterar no sistema a sua candidatura de “indeferida” para “deferida”.

O vice de Lúdio contou que a magistrada – responsável por julgar procedente a ação que pedia o indeferimento de sua candidatura - pode ter agido de má-fé, como retaliação por já ter sido alvo de representações protocoladas por ele no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), devido a supostos maus-tratos praticados contra advogados. As representações contra Gleide foram propostas no período em que Faiad ocupou a presidência da Ordem dos Advogados no Brasil em Mato Grosso (OAB/MT).

Ele contou que a coligação também pediu o afastamento da magistrada do processo eleitoral, e que representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estejam presentes na apuração e totalização dos votos no dia 28, data da eleição do segundo turno. Ao todo, foram propostos pela coligação seis requerimentos na Justiça Eleitoral e um na Polícia Federal.




Fonte: DO DC

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