Segundo a promotoria, a obra poderá ocasionar a destruição do hábitat do último fragmento de área de vida disponível para a rã Physalaemus soaresi e para o peixe Notholebias minimus, espécie também em extinção.
De acordo com o subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano da Secretaria Estadual de Obras (Seobras), Vicente Loureiro, entre as propostas apresentadas como solução para o problema está a que prevê a construção do arco rodoviário passando pelo no trecho de maior presença de eucalipto.
Segundo o coordenador regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Luis Felipe de Luca, o instituto vem trabalhando na composição de alternativas de estrutura do traçado para garantir as espécies locais, "e essa estrutura será monitorada, a curto, médio e longo prazos". Ele disse ainda que, diante da dificuldade de inviabilizar uma estrada com a importância estratégica regional e nacional, "o instituto entendeu que poderia ser dada uma autorização para o início das obras".
O vice-presidente da Associação de Moradores do Bairro Esperança, vizinho à Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica, Antônio Félix de Oliveira, diz que a comunidade lutou muito para que a rodovia fosse desviada 200 metros da floresta, evitando que cortasse a mata, mas não obteve qualquer resposta do poder público. "Nem audiência nos deram, porque nós da associação somos pobres. O Arco Metropolitano já está feito, não tem mais saída. Ele vai servir de lição para o futuro. Ninguém vai mudar mais aquilo", diz.
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