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Cidades/Geral
Terça - 09 de Outubro de 2012 às 09:35

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O Ministério Pública Federal (MPF) apura o impacto da construção do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro na Reserva Biológica do Tinguá, no município de Nova Iguaçu, e na Floresta Nacional Márcio Xavier, em Seropédica.

 

Segundo a promotoria, a obra poderá ocasionar a destruição do hábitat do último fragmento de área de vida disponível para a rã Physalaemus soaresi e para o peixe Notholebias minimus, espécie também em extinção.

 

De acordo com o subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano da Secretaria Estadual de Obras (Seobras), Vicente Loureiro, entre as propostas apresentadas como solução para o problema está a que prevê a construção do arco rodoviário passando pelo no trecho de maior presença de eucalipto.

 

Segundo o coordenador regional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Luis Felipe de Luca, o instituto vem trabalhando na composição de alternativas de estrutura do traçado para garantir as espécies locais, "e essa estrutura será monitorada, a curto, médio e longo prazos". Ele disse ainda que, diante da dificuldade de inviabilizar uma estrada com a importância estratégica regional e nacional, "o instituto entendeu que poderia ser dada uma autorização para o início das obras".


O vice-presidente da Associação de Moradores do Bairro Esperança, vizinho à Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica, Antônio Félix de Oliveira, diz que a comunidade lutou muito para que a rodovia fosse desviada 200 metros da floresta, evitando que cortasse a mata, mas não obteve qualquer resposta do poder público. "Nem audiência nos deram, porque nós da associação somos pobres. O Arco Metropolitano já está feito, não tem mais saída. Ele vai servir de lição para o futuro. Ninguém vai mudar mais aquilo", diz.




Fonte: Terra

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