Para presidente do CRO, situação de clínicas odontológicas é complicada
A situação das clínicas odontológicas públicas de Cuiabá e Várzea Grande é crítica, segundo a presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO), Christiane Raso Tafuri. De acordo com ela, diversas unidades deveriam ser fechadas pela Vigilância Sanitária principalmente por conta da estrutura precária, equipamentos deteriorados e falta de insumo, o que torna inviável os atendimentos.
Há um ano, o CRO fiscalizou as unidades de saúde bucal e constatou diversas irregularidades. Em Várzea Grande, por exemplo, não eram realizados atendimentos odontológicos em nenhuma das policlínicas do município. “Fizemos um relatório, demos o prazo de 90 dias para a prefeitura se pronunciar e então encaminhamos o documento para o Ministério Público”, conta a presidente.
Segundo Christiane, o Conselho voltou às clínicas públicas recentemente e não encontrou um cenário muito diferente, em relação ao do ano passado. De todas as unidades que a atende a população várzea-grandense, apenas quatro realizam atendimentos esporádicos. “Se antes tinham capacidade para atender até 300 pessoas, hoje atende cerca de 20 pacientes”, explica.
A polêmica sobre as clínicas odontológicas públicas foi contada pela articulista e cirurgiã-dentista, Jackelyne Pontes, no mês passado, em artigo publicado pelo Rdnews. No texto, ela denuncia situação de caos nas unidades, como consultórios sem ar-condicionado, mofo e umidade, que podem prejudicar a saúde dos pacientes, alagamentos e até mesmo autoclaves quebradas. Para a presidente do CRO, a realidade é preocupante, tendo em vista que há falta de respeito com a população carente, sendo a que mais precisa da saúde pública. “É uma situação humilhante e de calamidade, a população é atendida de qualquer maneira”.
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