Capital de Mato Grosso está entre as 30 cidades piores

 Cuiabá está entre as 30 cidades mais violentas do mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). Outras dez cidades brasileiras figuraram no ranking das mais perigosas. 

De acordo com o relatório elaborado pelo Escritório sobre Drogas e Crime da ONU, divulgado nesta quinta-feira (10), a capital mato-grossense ficou com 29ª posição no ranking dos municípios com mais de 100 mil habitantes. O estudo levou em consideração as mortes ocorridas em 2012. 

Maceió foi considerada a cidade brasileira mais violenta e a quinta mais perigosa do mundo. Fortaleza ficou com a sétima posição mundial e João Pessoa com a nona. Também figuraram no ranking Natal (12ª), Salvador (13ª), Vitória (14ª) São Luís (15ª), Belém (23ª), Campina Grande (25ª) e Goiânia (28ª). 

O município de San Pedro Sula (Honduras) ocupou a primeira posição, seguido de Caracas (Venezuela), Acapulco (México) e Cali (Colômbia). 

De acordo com a ONU, 437 mil pessoas foram assassinadas em 2012, dos quais 36% dessas ocorrências aconteceram no continente americano. Honduras foi o país com maior número de assassinatos por 100 mil habitantes. O índice foi considerado fora de controle pela organização. 

Conforme os pesquisadores da ONU, o elevado índice de homicídios na América Latina está diretamente ligado ao crime organizado, principalmente ao narcotráfico. Segundo o relatório, 66% dos assassinatos foram provocadas por armas de fogo. 

Em março, a capital mato-grossense já havia figurado entre as mais violentas do mundo no relatório da organização não governamental (ONG) do México, Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Segundo a ONG, em 2013, Cuiabá registrou 366 mortes por homicídio, uma taxa de 43,95 homicídios para cada 100 mil habitantes. 

Apesar do estudo ser realizada pela Organização das Nações Unidas a assessoria da Secretária de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) informou que o órgão somente responde a perguntas relacionadas a pesquisas realizadas pelo Ministério da Justiça.