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Cidades/Geral
Domingo - 13 de Abril de 2014 às 07:36

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Médicos anestesistas contratados para atender no Pronto-Socorro de Cuiabá paralisaram novamente diante da quebra do acordo firmado entre a Cooperativa de Médicos Anestesistas do Estado de Mato Grosso (Coopanest-MT) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os especialistas estão há 3 meses sem receber e o quadro de médicos por plantão foi reduzido em 70%. Até a regularização dos pagamentos, atenderão somente os casos de emergência.

Esta é a segunda paralisação do ano por falta de pagamento. A primeira ocorreu entre os dias 28 de janeiro e 8 de fevereiro, encerrada após um acordo firmado com a Prefeitura. Durante os 10 dias, mais de 150 cirurgias eletivas foram suspensas. Por dia, o PS recebe mais de 100 pacientes, a maioria em estado grave de saúde. A unidade é ainda porta de entrada de casos envolvendo acidentes de trânsito, tentativas de homicídio, infartos, entre outras complicações.

Além da ausência de pagamentos, os profissionais reclamam por trabalharem sem contrato desde o ano passado. Ao todo, 20 anestesistas prestam serviço na unidade de saúde, complementando o quadro de efetivos, composto por 11 médicos da mesma especialidade.

Conforme a Coopanest-MT, desde ontem, somente um anestesista terceirizado atua por plantão no PS. Normalmente, são 3 profissionais por período, além do efetivo. A decisão de paralisar o atendimento foi tomada no dia 10 de abril, quando venceu o prazo estipulado pela SMS para efetuar o pagamentos dos salários de janeiro, fevereiro e março. “Médico, assim como todo profissional, tem contas para pagar, depende do salário para sobreviver. Não podemos ficar trabalhando sem receber”.

A Coopanest-MT acredita no pagamento dos valores pela SMS, porém frisa que a situação está complicada e os médicos não querem mais trabalhar dessa forma. Cita ainda que os anestesistas não deixaram de vez o atendimento por entenderem que a sociedade precisa do serviço.

Outro lado - A secretária-adjunta da SMS, Iracema Queiróz, garante que nenhum paciente ficará desamparado, uma vez que o PS tem anestesistas concursados que prestarão o atendimento a todos que chegarem a unidade. Quanto aos pagamentos, diz que a Secretaria não mede esforços para cumprir os compromissos, porém as liberações de verba não ocorrem de maneira simples. Frisa ainda que o edital de contratação da empresa para prestação do serviço foi publicado e a concorrência será realizada no final do mês, regularizando a situação como determinou o Tribunal de Contas do Estado (TCE).





Fonte: Só Notícias/Gazeta Digital

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