Homem suspeito de aliciar menores para Copa é procurado Sujeito ofereceria entre R$ 12 mil a R$18 mil para meninas ficarem “à disposição”
A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso está no encalço de um homem que atuaria no Estado, principalmente na Grande Cuiabá, no aliciamento de meninas entre 13 e 17 anos de idade para a exploração sexual, com foco na Copa do Mundo.
Conforme informações do delegado Paulo Araújo, titular da Delegacia do Adolescente de Cuiabá (DEA), o suspeito “ganharia” as jovens ao oferecer altos salários.
“Elas estariam sendo assediadas com propostas que começavam em R$ 12 mil e terminavam em R$ 18 mil, para a exploração sexual no período do evento internacional”, explicou o delegado.
"Elas estariam sendo assediadas com propostas que começavam em R$ 12 mil e terminavam em R$ 18 mil para a exploração sexual no período do evento internacional"
Araújo, no entanto, alertou que se trata de um golpe porque, “obviamente”, essas meninas não receberiam nem metade do valor.
Ainda trabalhando na identificação do suspeito, a Polícia Civil chegou até ele enquanto investigava festas clandestinas com a participação de menores de idade.
“Ainda estamos apurando e tentando identificar de quem se trata. Até o momento, sabemos, por exemplo, que uma adolescente quase caiu na armadilha”, explicou a assessoria de imprensa da Polícia.
Também faz parte do perfil traçado entender se o suspeito atua sozinho ou se há uma “rede” de aliciadores por trás dele.
“Garotas da Copa”
Não é a primeira vez que denúncia ou suspeita de exploração, sexual ou não, de menores durante a Copa do Mundo é investigada.
Em 2011, o Ministério Público Estadual e a Polícia Judiciária Civil de Cuiabá e Várzea Grande investigaram uma agência de modelos itinerante suspeita de usar, sem autorização, produtos da Fifa e infringir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A agência tinha um portal sob o título de “Garota Copa Pantanal 2014”. O site faria vídeos com imagens de menores em trajes de banho e posições consideradas sensuais.
À época, cerca de 1.080 vídeos dessas meninas em restaurantes, bares, lojas, piscinas e churrascarias estavam circulando.
Como reflexo das denúncias, em fevereiro de 2013, a delegada Daniela Silveira Maidel, da Delegacia de Defesa da Mulher de Várzea Grande, indiciou o "promoter" Reinaldo Luís Akerley Cavalcante, proprietário do portal, por exploração sexual infantil.
A delegada indiciou Cavalcante com base no ECA, no Art. 244-A: “Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual”.
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