Ação contra Maggi é uso político do MPE, diz deputado Presidente da Assembleia, Romoaldo Júnior afirma que promotores "querem aparecer"
O presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Junior (PMDB) afirmou que a ação civil pública por improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público do Estado (MPE) contra o senador Blairo Maggi (PR), no caso conhecido como "Escândalo dos Maquinários", revela que a instituição está sendo usada "politicamente".
O processo está nas mãos do juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, e foi proposto na última quarta-feira (9), cerca de 15 dias após Maggi ter sido absolvido em ação semelhante na esfera federal, pelo então juiz Julier Sebastião da Silva (PMDB).
"Isso é claramente uso político do MPE. Na ânsia de aparecerem e provarem que são paladinos da moral, os promotores propõem ações descabidas como essa "
“Isso é claramente uso político do MPE. Na ânsia de aparecerem e provarem que são paladinos da moral, os promotores propõem ações descabidas como essa. Blairo saiu do Governo há quatro anos e essa ação foi proposta só agora, em período eleitoral. E justamente duas semanas depois de ele ter sido absolvido na Justiça Federal. É um absurdo”, disse Romoaldo ao MidiaNews.
Temor no meio empresarial
De acordo com o deputado, processos como esse têm afastado os empresários da política, pois ele temem ser alvo de ações por improbidade.
Na avaliação de Romoaldo, a própria participação de Maggi no processo eleitoral deste ano fica ainda mais distante, em função desse novo processo.
“O Ministério Público faz um trabalho muito bonito, e tem, sim, que investigar e denunciar. Mas não quando o caso já foi julgado e o acusado foi inocentado. Os empresários e as pessoas de bem estão com medo de entrar na política. Porque se um homem que fez um grande mandato, como o Blairo, é alvo de ações como essa e tem que aguentar estrelismo de promotor, imagina os outros”, disse.
Coincidentemente, a ação, que está sendo analisada desde fevereiro de 2012, foi proposta cerca de 15 dias, após o fim do “namoro” entre Maggi e seu colega de Senado Pedro Taques (PDT), que visava a uma aliança nas eleições deste ano.
A possibilidade de que o PR apoiasse a candidatura de Taques ao Governo do Estado caiu por terra após o pedetista radicalizar na oposição à presidente Dilma Rousseff (PT), e cobrar a instalação da CPI da Petrobrás.
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