Juiz de Montes Claros analisa novo pedido de transferência do goleiro Bruno Solicitação envolve troca de vaga entre presos para driblar a superlotação no norte de Minas
Os advogados de Bruno Fernandes entraram nesta terça-feira (15) com pedido na Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social) para tentar a transferência do goleiro para o presídio de Montes Claros, no norte de Minas. Bruno assinou contrato com o time da cidade e tenta a transferência para poder treinar.
A nova tentativa da defesa é fazer uma permuta entre Bruno e um detento que cumpre pena em Montes Claros, já que a Justiça não autorizou a transferência por causa da superlotação da unidade prisional.
O juiz responsável pela comarca de Montes Claros, Francisco Figueiredo, deve responder à nova solicitação nos próximos dias. De acordo com o Tribunal de Justiça, Figueiredo reforça que a unidade prisional está superlotada e que uma permuta depende da análise dos perfis dos detentos.
O advogado Francisco Simim anexou ao processo documento em que o juiz Wagner Cavalieri, da Vara de Execuções de Contagem, afirma que "não se opõe" à transferência, "devendo a viabilidade ser analisada pela Superintendência de Articulação Institucional e Gestão de Varas da Seds, levando a conveniência" da medida.
Segundo a Seds, "não há previsão para definição sobre a transferência".
Regime semiaberto
A possibilidade de trabalho em regime fechado é outra polêmica levantada pela defesa do goleiro Bruno. Para o Ministério Público e o Tribunal de Justiça, o goleiro só poderá voltar a trabalhar fora do presídio entre 2018 e 2020, quando tiver acesso ao regime semi-aberto. Antes disso, a lei prevê trabalho externo apenas em obras públicas e durante o dia - o que inviabilizaria a participação em competições. A defesa de Bruno, entretanto, tenta encontrar brechas na legislação para permitir que ele treine no Montes Claros Futebol Clube, time da segunda divisão mineira que assinou com o jogador em fevereiro deste ano.
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