João Emanuel reage e pede cassação de Toninho de Souza Ele tambémquer impedir o vereador de votar na sessão de cassação
O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel, protocolou, na última segunda-feira (14), pedido de expulsão do vereador Toninho de Souza do PSD. Ele acusa o colega de infidelidade partidária.
A decisão de Emanuel ocorreu após parecer da Comissão de Ética da Câmara, da qual Souza é o presidente, recomendando a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
Também fazem parte da comissão os vereadores Faissal Kalil (PSB) e Ricardo Saad (PSDB).
O pedido não se limita à expulsão do partido, mas também à cassação do mandato e afastamento da liderança do partido no Legislativo Municipal.
João Emanuel ainda solicitou que medidas sejam tomadas para que Toninho de Souza também seja impedido de votar na sessão que poderá cassar o mandato do ex-presidente da Casa.
O presidente municipal do PSD, Wilson Teixeira, o "Dentinho", recebeu o pedido, convocou uma reunião na tarde de terça-feira (15) e fez a leitura oficial do documento.
A deliberação sobre o que partido pode ou não fazer deverá ser tomada até o final da tarde desta quarta-feira.
“O partido vai ver, estatutariamente, o que deve ser feito. Vamos ver se cabe ou não o pedido de expulsão, até porque o vereador tem suas prerrogativas de atuação em plenário e isso precisa ser analisado com cuidado”, disse Teixeira
Outro lado
Ao MidiaNews, Toninho de Souza disse ter sido comunicado das denúncias feitas contra ele por João Emanuel, porém afirmou que ainda não foi notificado oficialmente pela direção do PSD.
Ele considera que a denúncia de João Emanuel não apresenta elementos visíveis para sua expulsão ou cassação.
"Estou no direito de representar o povo. Fiz o meu papel de vereador e isso eu vou continuar fazendo. Estou pronto para assinar a notificação”, disse.
O vereador lembrou que João Emanuel, antes de renunciar ao cargo de presidente da Câmara, pediu para ser investigado pela Comissão de Ética e que não vê motivos para que isso seja mudado agora.
“Não cerceei ninguém, me sinto tranquilo quanto a isso. Também não o persegui, não tripudiei em cima dele. O que fiz foi agir de acordo com a minha consciência”, completou o vereador.
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