“O MPE, às vezes, resvala para o viés político”, diz Bezerra Cacique critica ação contra Maggi e diz que ele não foi responsável por superfaturamento
O presidente regional do PMDB e deputado federal Carlos Bezerra criticou a decisão do Ministério Público do Estado (MPE) de processar o senador Blairo Maggi (PR) por improbidade administrativa, no caso conhecido como "Escândalo dos Maquinários".
O líder peemedebista lembrou que o senador foi inocentado em processo semelhante na Justiça Federal, e que não pode ser responsabilizado pelo superfaturamento de R$ 44 milhões ocorrido em sua gestão.
“O Blairo Maggi foi recentemente inocentado nesse mesmo processo. Ele era o governador, mas não o ordenador de despesas. Quem responde um processo como esse é o ordenador, que me parece que eram os secretários da Sinfra [Infraestrutura] e da Sad [Administração]”, disse Bezerra.
"O Blairo Maggi foi recentemente inocentado nesse mesmo processo. Ele era o governador, mas não o ordenador de despesas"
Os dois secretários a que ele se refere já são alvo de ação do MPE – Vilceu Marchetti e Geraldo de Vitto, respectivamente.
Maggi foi acionado na Justiça Estadual no dia 9 de abril, cerca de 15 dias após a absolvição na esfera federal, por decisão do então juiz Julier Sebastião da Silva (PMDB).
De acordo com Bezerra, pode haver viés político nesse processo – e não seria a primeira vez que o MPE agiria motivado por questões políticas.
O cacique do PMDB não descartou a possibilidade de que possa haver influência do senador oposicionista Pedro Taques (PDT) no órgão.
“Pode haver viés político nessa ação. De vez em quando, o MP tem resvalado para isso, infelizmente. É gravíssimo. Se o nome é promotor de Justiça, ele não pode ser promotor de injustiça. E, muitas vezes, aqui em Mato Grosso, houve prisões de gente inocente, que sofreu sem ter cometido crime nenhum” afirmou.
"Taques é oriundo do Ministério Público e, certamente, tem ligações com o pessoal de lá. Espero que ele não use isso para fazer política em Mato Grosso", disse o deputado.
Bezerra lembrou da polêmica envolvendo as denúncias na licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em 2012.
A obra chegou a ser paralisada em 2012, em função da ação conjunta do MPE e do Ministério Público Federal (MPF).
“Há pouco tempo, tentaram inviabilizar o VLT. Passaram a noite inteira estudando e entraram com medida para não deixar construir o VLT. Isso é um absurdo. É a obra socialmente mais importante da Copa, que vai humanizar o transporte coletivo. Acho um absurdo torpedear uma obra dessa”, disse.
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