Faltam policiais para a segurança externa de presídio
Policiais militares que trabalham na segurança externa dos presídios reclamam do efetivo insuficiente para a demanda. Isso pode ser observado, inclusive, nas torres de vigilância instaladas em pontos da muralha da Máxima, onde por conta disso nem todos os postos de observação são ocupados. Apesar de fazerem parte do mesmo batalhão, os serviços de guarda e escolta de presos são distintos. Militares da guarda atuam ou, pelo menos, deveriam atuar, somente nas torres de vigilância, instaladas ao redor da penitenciária. Ao todo são cinco. Já o serviço de escolta se restringe ao acompanhamento de presidiários para atendimentos jurídicos, médicos ou sociais, e deveria ser feito por outra equipe.
O problema, conforme os policiais, é que, com a falta de efetivo, tais funções acabam se misturando, causando sobrecargas. Em alguns dias, as torres, que deveriam ser permanentemente monitoradas, ficam vazias, pois policiais que lá trabalham são redistribuídos para escolta de detentos.Transferência de presos de delegacias para unidades prisionais, que há dois meses era desempenhada por policiais civis, também colabora no acúmulo de funções do efetivo que atua no complexo penitenciário. “Todos os dias temos escolta de saúde e jurídica para fazer, ainda tem de sobrar tempo e efetivo para ajudar a Polícia Civil a recambiar os presos das delegacias. Trabalhamos sobrecarregados. Nossa permanência no complexo deveria ser exclusiva e não é”, reclama um PM.
Conforme a Secretaria de Segurança, o problema será solucionado com a contratação de novos servidores penitenciários e militares, aprovados em concursos já em andamentos. São 280 vagas na Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário e 810 na Polícia Militar, cujo efetivo será distribuído entre Campo Grande e o interior. Sem dar prazo exato, disse que a previsão é de que a distribuição ocorra nos próximos meses.
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