Reitora diz que não há verba para investir em zoológico Reforma custará em torno de R$ 6 milhões, segundo Maria Lúcia Cavalli Neder
Criado em 1977, o único zoológico de Cuiabá, localizado no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na região do Coxipó, não conta com a infraestrutura necessária para atender ao número de turistas que visitam o local semanalmente e receber mais animais.
Segundo a instituição, são aproximadamente de 2 a 3 mil pessoas por fim de semana, número que pode aumentar durante a Copa do Mundo, no mês de junho.
O espaço não tem, por exemplo, nenhuma lanchonete e, a mais próxima, está em frente ao Restaurante Universitário (RU).
O único quiosque dentro do zoológico, que segundo o guarda que estava no local é uma sorveteria, estava fechado.
"Nós temos plano de revitalização do espaço. Não temos recursos para os investimentos necessários à adequação dos ambientes, que requer drenagem, tratamento de água, ampliação e adequação dos ambientes"
Voltado exclusivamente para o cuidado com a fauna regional, com espécies do Cerrado, Pantanal e Floresta Amazônica, o zoológico foi obrigado a fechar as portas em 2009 para a chegada de novos bichos. O motivo é óbvio: os 12 hectares não suportam novas espécies.
Apesar de a UFMT negar, também é perceptível que alguns animais estão em espaços muito pequenos, quando levado em conta tanto o tamanho da espécie como a quantidade de bichos na mesma “jaula”.
A expectativa, segundo a instituição, é que em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) os animais sejam reduzidos. Não foi informado de que forma esse trabalho deve ser feito e quando.
Sem recurso
Ao MidiaNews, a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, informou que o gasto com o zoológico em 2013 chegou a R$ 1.412.094,85.
O valor incluiu mão de obra terceirizada, com vigilante, limpeza e serviços gerais (R$ 270.829,56), e mão de obra com o quadro permanente composto de técnico de laboratório, médico veterinário e auxiliar operacional (R$ 650.240,61).
Também está incluso neste valor material de consumo, como gêneros alimentícios, descartáveis, recarga de gás e água, que significou R$ 491.024,68.
Outro valor, que não está neste total, é relacionado ao Hospital Veterinário, que foi de aproximadamente R$ 50 mil.
Além do gasto anual, para a reforma total e necessária do zoológico, a reitora prevê um gasto de R$ 6 milhões. A Universidade Federal de Mato Grosso, no entanto, não possui o recurso.
“Nós temos plano de revitalização do espaço. Não temos recursos para os investimentos necessários à adequação dos ambientes, que requer drenagem, tratamento de água, ampliação e adequação dos ambientes. Nesse momento, o que estamos buscando são apoios para financiamento”, afirmou.
Até conseguir os R$ 6 milhões, Maria Lúcia garantiu que, com o orçamento que possui, pequenas reformas para melhorar os ambientes e permitir a continuidade da visitação estarão garantidos. Um possível abandono da área foi negado pela reitora.
“Não há abandono. Pelo contrário, a UFMT gasta muito recurso para manter os animais em condições saudáveis. Em relação ao mato [que está em alto em diversos locais], é bom lembrar que estamos em um período muito chuvoso, o que dificulta a manutenção da área verde”.
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