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Quinta - 24 de Abril de 2014 às 17:42

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O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) não deverá iniciar sua operação na área metropolitana de Cuiabá no começo do próximo ano, segundo o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A previsão é do conselheiro João Batista de Camargo, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A declaração foi feita durante apresentação de relatório sobre a evolução de 16 obras da Copa do Mundo na capital mato-grossense, na quarta-feira (24).

Camargo, que é relator substituto da Comissão de Acompanhamento das Obras da Copa do Mundo do TCE, afirmou que o Estado precisa ser mais “transparente” com a população sobre a operacionalização do novo modal de transporte coletivo urbano, sem criar "falsas expectativas".

“A população não pode achar que o VLT estará operacional no trecho Aeroporto-Porto em julho, depois da Copa, nem no trecho todo (Aeroporto-CPA e Coxipó-Centro) em janeiro de 2015. Essa expectativa não pode ser criada”, disse.

"A população não pode achar que o VLT estará operacional no trecho Aeroporto-Porto em julho, depois da Copa, nem no trecho todo (Aeroporto-CPA e Coxipó-Centro), em janeiro de 2015. Essa expectativa não pode ser criada" A obra, que é uma das que vêm sendo acompanhadas pelos técnicos do TCE – mas sem divulgação de porcentagem de evolução, como as demais –, teve o ritmo intensificado nos últimos meses, segundo o conselheiro.

Camargo afirmou que, apesar do tempo escasso, o trecho dito como prioritário pelo Estado para a Copa do Mundo, que liga o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ao Porto, em Cuiabá, pode ter sua parte viária concluída a tempo para o Mundial, mas que isso não implica na operação do modal.

“Melhorou muito a gestão da obra nos últimos dois ou três meses e vemos muitos operários em cada trecho. Mas, concluir o trecho não significa necessariamente estar operacional. Concluir é pavimentar as duas vias e o trecho central por onde passará o VLT. Não necessariamente, os trilhos precisam estar instalados até a Copa. Eles podem ser instalados depois”, disse.

O conselheiro do TCE salientou que, depois da conclusão de toda a obra, são necessárias a realização de testes dos trens e a escolha do modelo de concessão do serviço de operação do modal pelo Estado, o que demanda tempo.

“Ele não vai estar rodando neste ano. Há os testes e não se sabe que modelo operacional será adotado, que empresa será responsável pelo VLT, se vai ser uma empresa pública ou se ele vai ser licitado para uma concessionária privada”, disse.

Andamento da obra

Os técnicos do TCE realizaram vistorias ao longo de parte do trecho 1 (Aeroporto-CPA), onde foram instalados canteiros de obras do VLT, até a altura do Viaduto da Sefaz, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA).

Tony Ribeiro/MidiaNews

Conselheiro João Batista de Camargo: "VLT não estará rodando neste ano" Nesse trecho, foram avaliados sete canteiros de obras: preparação e implantação da via permanente do VLT nas avenida João Ponce de Arruda e Avenida da FEB, em Várzea Grande, e do CPA, em Cuiabá; trincheiras do Zero KM e Luiz Felipe; construção de mais uma passagem na Ponte Júlio Müller e o reforço do Canal da Prainha.

Na Avenida João Ponce de Arruda, foi verificado que o ritmo das obras no local é intenso, segundo o relatório, inclusive com serviços sendo realizados à noite.

“Há condições de conclusão das pistas rodoviárias, calçadas e estrutura da via permanente”, diz o documento.

Na Avenida da FEB, os trabalhos também foram intensificados, segundo o TCE, mas há muito a ser feito em muito pouco tempo, o que demanda uma gestão melhor dos trabalhos nesse trecho por parte do Consórcio VLT Cuiabá, responsável pela obra de R$ 1,5 bilhão.

A trincheira do Zero KM também tem sua conclusão antes da Copa ameaçada pelo prazo curto e intensidade das chuvas.

“Os serviços mais críticos são os de drenagem, terraplanagem e pavimentação, que dependem de tempo seco para serem realizados. O TCE-MT alertou a Secopa, em relatórios anteriores, do alto risco em deixar serviços dessa natureza para serem executados na época da chuva”, diz o relatório.

"Melhorou muito a gestão da obra nos últimos dois ou três meses e vemos muitos operários em cada trecho. Mas concluir o trecho não significa necessariamente estar operacional" A conclusão da ponte sobre o Rio Cuiabá, paralela à estrutura já existente (Júlio Müller) precisa ter concluído a fase de lançamento de vigas, do contrário, o trabalho não será concluído até 31 de maio, segundo o TCE.

“Há uma série de outros serviços a serem executados após o lançamento das vigas: montagem da armadura do tabuleiro, concretagem dos tabuleiros, concretagem dos guarda-corpos, demais serviços e, por fim, a pavimentação”, relatou a equipe técnica no documento.

Quanto às obras na Prainha, os técnicos não mais otimistas, e afirmam que tudo deverá estar pronto até o final de maio, inclusive com a instalação dos trilhos do VLT.

Já o trecho da Avenida do CPA que vai da sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) até a Polícia Federal teve os trabalhos retomados e deve estar desobstruído até 31 de maio.

A preocupação do TCE é quanto aos serviços reiniciados em abril no trecho que começa no cruzamento da avenida com a Rua Cereja.

Já a trincheira Luiz Felipe, nas proximidades do Supermercado Comper, também na Avenida do CPA, é apontada no relatório como uma “obra bastante complexa, que precisa ter seu ritmo intensificado para conclusão das contenções, reaterro e pavimentação provisória” até o final do mês de maio.





Fonte: Midia News

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