Petista pede que partidos da base "esqueçam" Blairo Maggi PT e PMDB já oficializaram pré-candidaturas à sucessão no Paiaguás
O pré-candidato do PT ao Governo de Mato Grosso, Lúdio Cabral, afirmou que a base aliada não pode mais "continuar como um bando de viúvas, chorando e esperando que o morto ressuscite”.
O ex-vereador se referia à indefinição que tem marcado o grupo político quanto ao nome do candidato sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB) e à espera por um posicionamento do senador Blairo Maggi (PR).
Lúdio teve seu nome apresentado como pré-candidato na noite de segunda-feira (28), durante reunião com representantes dos 12 partidos que compõem a bancada de sustentação do Governo, em um restaurante da Capital.
Na mesma ocasião, o PMDB apresentou o seu pré-candidato, o ex-juiz federal Julier Sebastião.
Para o ex-vereador, a coligação tem que esquecer a possibilidade de Maggi vir a ser candidato ao Governo.
“Não dá mais para trabalhar com essa expectativa de que o senador vai decidir. Ele já decidiu: não vai ser candidato e ponto final”, afirmou.
Lúdio disse que, na última conversa que manteve com o senador republicano, ouviu dele a ponderação de que o momento é de renovação e que a própria população tem expressado esse desejo.
"Não dá mais para trabalhar com essa expectativa de que Blairo Maggi vai decidir. Ele já decidiu: não vai ser candidato e ponto final"
O petista disse não ter dúvida de que a base aliada do Governo precisa acelerar o processo de decisão para formação das chapas que vão disputar as eleições, lembrando que a campanha só vai deslanchar mesmo depois da Copa do Mundo.
“Estamos entrando no mês de maio; em seguida, vem o recesso parlamentar, o início da Copa do Mundo... As convenções vão ser realizadas dentro do período da Copa e vai ser difícil massificar um discurso nesse período uma vez que as atenções estarão voltadas para o futebol. Teremos um período curto, eu diria de um mês, para acelerar o processo de decisão entre nós”, completou o petista.
Qualificação
A posição das lideranças durante a reunião deixou claro que, dificilmente, outro nome será apresentado para essa disputa interna na base aliada.
Com o afunilamento das discussões em torno da chapa majoritária, aumenta a expectativa sobre quem indicará o candidato a vice, já que o PR, ao que tudo indica vai ficar mesmo com a vaga ao Senado, muito provavelmente, indicando o deputado federal Wellington Fagundes para a disputa.
As lideranças ressaltaram as qualidades individuais de cada pré-candidato e confirmaram que a escolha vai recair sobre aquele que apresentar mais proximidade com os critérios estabelecidos, entre eles, a densidade eleitoral, o poder de aglutinação dentro da própria base, a construção de um discurso com forte poder de convencimento e, ainda, bom desempenho nas pesquisas eleitorais.
O presidente do PMDB, Carlos Bezerra, disse que no início do mês de maio será feita a primeira pesquisa, outra será realizada na metade do mês e, possivelmente, uma no final, para o balizamento do desempenho de cada pré-candidato.
“As coisas são bem simples: quem estiver melhor, vai para a disputa”, disse Bezerra.
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