Senador dá ‘carta-branca’ ao PR
Além de anunciar que não será candidato ao governo do Estado, o senador Blairo Maggi (PR) deu “carta-branca” ao presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, para que conduza o partido no processo eleitoral deste ano.
Em tese, o republicano liberou o deputado a fazer a aliança que melhor lhe convier, já que a pré-candidatura de Wellington ao Senado Federal continua de pé.
Com a liberação de Maggi, Wellington ganha liberdade para negociar a participação na chapa de oposição, encabeçada pelo senador Pedro Taques (PDT).
O deputado já havia flertado com o senador pedetista, mas as negociações esfriaram depois que Maggi se comprometeu com a presidente Dilma Rousseff (PT) em apoiar sua eventual candidatura à reeleição.
Acontece que, embora o PDT tenha deliberado nacionalmente em estar ao lado da petista no pleito deste ano, regionalmente liberou os pré-candidatos a formarem suas alianças.
Taques é um dos que não devem dar palanque à presidente. O pedetista já fechou acordo com o PSDB, que tem o senador mineiro Aécio Neves como candidato, e com o PSB, que lançará o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
Outro fator que contribuiu para o distanciamento do PR do grupo de oposição foi o anúncio do governador Silval Barbosa (PMDB) de que não deixará o governo para ser candidato ao Senado. Com isso, o espaço para Wellington ficou livre na chapa da base governista e, hoje, ele é quase uma unanimidade no grupo.
O senador em exercício Cidinho dos Santos (PR) acredita que, depois desse anúncio definitivo de Maggi, o PR precisa focar no projeto de continuar com a maior bancada na Assembleia Legislativa, além de conquistar duas cadeiras na Câmara Federal. Para ele, também é preciso priorizar a candidatura de Wellington ao Senado.
Maggi, por sua vez, em conversas reservadas, já teria sugerido que o PR encare as eleições com chapa pura, isto é, com candidato próprio, tanto ao governo, quanto ao Senado. (TA)
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