Médicos do Nortão denunciam problemas em hospital e preparam protesto
Falta de médicos plantonistas e de medicamentos, equipamentos sucateados, ingerência, pacientes revoltados com a falta de atendimento e cirurgias suspensas. Estas são algumas das situações encontradas nos Hospitais Regionais de Colíder e Alta Floresta.
Os médicos alegam que não receberam seus salários por parte do Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (IPAS) e nem do governo do Estado. A equipe de profissionais de Alta Floresta entrou na Justiça e conseguiu uma liminar determinando que o pagamento fosse liberado. Porém, até ontem, de acordo com o Conselho Municipal de Saúde, a medida ainda não havia sido cumprida.
Em Colíder, onde os médicos estão há mais de 40 dias atendendo somente urgência e emergência, a situação beira o caos. No último final de semana, uma paciente revoltada com a falta de atendimento, agrediu a equipe médica e acabou quebrando um quadro com a foto do governador Silval Barbosa que estava na recepção do hospital.
Ontem, após mais uma reunião entre a equipe médica, vereadores e sociedade organizada, ficou agendado um protesto para a semana que vem, envolvendo os municípios de Colíder, Nova Santa Helena, Nova Canaã, Marcelândia, Terra Nova do Norte e Nova Guarita.
Outro lado
Uma equipe de fiscalização está em Colíder, checando a denúncia de falta de medicamentos e também fará o mesmo trabalho em Alta Floresta. De acordo com informações da assessoria da Secretaria de Estado de Saúde, esta comissão fará um relatório completo para que as providências sejam tomadas. Quanto aos salários, foi informado que a secretaria já está negociando com a classe médica de Alta Floresta a quitação dos atrasados e o reestabelecimento dos atendimentos.
As negociações com Colíder já estariam bem mais adiantadas, segundo a assessoria. Foi pedido reestabelecimento dos serviços e o Estado já quitou parte dos atrasados. “O IPAS ainda tem dívidas com eles, mas o Estado está negociando e se propôs a fazer um acordo. Acredito que nos próximos dias a situação estará normalizada”, foi a resposta da assessoria, por telefone, ao Só Notícias.
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