Comércio prevê desaceleração nas vendas para o Dia das Mães
Diante do atual cenário de baixa atividade econômica, a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) projeta um aumento de 3% no volume de vendas no comércio para o Dia das Mães, em relação ao mesmo período do ano passado. O número é calculado com base na estimativa de consultas feitas ao banco de dados do SPC Brasil, o Serviço de Proteção ao Crédito, para compras a prazo.
O Dia das Mães é considerado pelos lojistas a segunda melhor data de vendas para o comércio, ficando somente atrás do Natal. No entanto, se a projeção dos lojistas se confirmar, será o resultado mais fraco dos últimos cinco anos para o varejo.
Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o cenário reflete o baixo grau de confiança do empresário brasileiro, apontado praticamente por todos os índices do mercado. "Os lojistas amargaram o pior resultado dos últimos cinco anos nas vendas da Páscoa e não esperam um desempenho diferente agora no Dia das Mães. O atual cenário econômico de inflação alta e de encarecimento do crédito já estão impactando no poder de compra do brasileiro, o que reflete negativamente nas vendas a prazo", explica Pellizzaro Junior.
O Dia das Mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio, momento que coincide com o alívio financeiro sentido pelos consumidores com a quitação de impostos de início de ano e com o pagamento das despesas de férias e volta às aulas. Dessa forma, na visão dos lojistas, a data expressa o real poder de compra do consumidor e a confiança dos empresários nos rumos da economia.
Neste período do ano, artigos do vestuário, calçados, flores, cosméticos, perfumaria, eletrodomésticos da linha branca e smartphones são os itens que mais movimentam o comércio
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