Desistência de Blairo Maggi foi acordo, diz Mauro Mendes
Destacado como interlocutor do grupo encabeçado pela pré-candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao governo de Mato Grosso, junto ao PR, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), afirma que os republicanos estão preparados para integrar a chapa de oposição da gestão Silval Barbosa (PMDB), da qual o partido faz parte com a maioria das secretarias estaduais e o apoio de sua maciça bancada de deputados estaduais.
Mendes afirma que as conversas com o PR asseveraram-se há cerca de 45 dias, após uma reunião na casa de Taques com a participação das lideranças de todos os partidos que integram seu grupo e que, na ocasião, manifestaram a intenção de ter o apoio do PR.
Desde então, vem trabalhando para isso, assumiu a missão e destaca o posicionamento do senador Blairo Maggi (PR), que mais uma vez reafirmou que não será candidato a governador nestas eleições, como um dos resultados disso. “Fiz isso da melhor maneira possível e, hoje, com essa desistência, que fez parte desse trabalho e dessa articulação, o PR está pronto para vir”, destacou o prefeito.
De acordo com Mendes, neste momento e da forma como Maggi ratificou sua decisão, pode-se afirmar sim que a postura do senador é parte da articulação. “Então, o PR está pronto, ao meu ver, para vir, porque este foi o desejo manifestado lá atrás por todos os líderes partidários”, concluiu o socialista.
Maggi reiterou sua decisão de não disputar depois encomendar uma pesquisa qualitativa e quantitativa para consumo interno que apontou, não apenas seu favoritismo nas intenções de voto para o Governo, como as condições favoráveis também para o segundo colocado no levantamento, justamente Taques, cuja a diferença é de apenas 11,6 pontos percentuais na espontânea e de 28,2% na estimulada.
Apesar do prefeito destacar o apoio do grupo à participação dos republicanos na chapa, a decisão não agrada integralmente às demais lideranças, que buscam espaço na majoritária enquanto o PR, não abre mão da disputa pela vaga ao Senado liderada pelo deputado federal Wellington Fagundes (PR).
Até mesmo Maggi reconheceu que somente não defendia uma candidatura própria de seu partido ao Governo em razão da pré-candidatura de Fagundes ao Senado.
Segundo o prefeito, as lideranças partidárias que participam do processo de debate para o pleito de outubro são conscientes de que não há espaço para que todos sejam contemplados. “Faz parte do jogo. Agora, é o conjunto de partidos que vai decidir quem fica com essa vaga”, disse.
Nessa conjuntura, o principal prejudicado com o ingresso dos republicanos na chapa seria o DEM, que busca a reeleição do senador Jayme Campos. “Com todo respeito ao DEM e a qualquer partido, inclusive ao meu, o PR é o partido que, ao meu ver, tem maior peso político nessas eleições”, disse Mendes, apontando sua predileção para a participação dos republicanos na chapa. Ele acredita, no entanto, que por meio do diálogo político, seja possível manter os democratas no grupo.
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