Médico é investigado por supostos abusos sexuais em clínica de fertilização nos Estados Unidos Em sua defesa, médico afirma que as acusações são feitas por seus concorrentes

Um médico do Centro de Fertilidade nos Estados Unidos foi acusado por pacientes de abuso sexual por nove anos, nos escritórios nos quais atendia em Massachusetts, New Hampshire e Maine, em 2004. Roger Ian Hardy negou as acusações que seguem sob investigação.

Uma paciente disse que Hardy tentou abusar sexualmente dela. "Eu tive medo, parecia que era algo criminoso da parte dele".

Ela estava sedada durante o procedimento, que aconteceu em dezembro de 2003, em Danvers, Massachusetts.

Na época, o médico negou as irregularidades, afirmando que outros três profissionais acompanhavam o procedimento na sala de cirurgia. O caso foi arquivado pela polícia.

A paciente, indignada, escreveu uma carta como forma de protesto, afirmando que o conselho de medicina local não teria dado importância.

Segundo o Daily News, os profissionais da equipe de apoio confirmaram que já presenciaram Hardy tocando mulheres de forma inadequada. O médico teria tocado os seios de pacientes sedadas em diversas situações.

A responsável pela denúncia informou que se sentia horrorizada e que era bastante difícil falar sobre isso, mas que entendia que era necessário.

Uma outra paciente de Hardy também disse que o médico tocou seus órgãos genitais durante um exame de rotina. Ao ser questionando, ele afirmou que aquilo fazia parte do procedimento de fertilização.

De acordo com as últimas investigações do Conselho de Registro em Medicina de Massachusetts, Hardy foi suspenso por ser uma "ameaça imediata e séria à saúde, segurança e bem-estar do público".

Ainda segundo o Daily News, dezoito testemunhas, incluindo enfermeiros, colegas e especialistas em fertilização deram depoimento contra Hardy.

O médico deixou o cargo em janeiro de 2014, mas afirmou que não cometeu nenhum erro e que as investigações foram criadas por seus concorrentes.

A investigação segue conduzida pelo Departamento de Saúde Pública e a polícia local.