Sandro é confirmado como o “chefão” Policiais continuam a caça de foragidos que atuavam no esquema liderado por Sandro Louco
A Operação Grená desencadeada pela Polícia Civil comprovou o que muita gente já desconfiava – o tráfico de entorpecentes dentro das penitenciárias tinha um gerente que comandava desde a entrada até a venda.
Os tentáculos do esquema envolviam também o abastecimento das bocas de fumo da Grande Cuiabá, com apoio de fornecedores e colaboradores do lado de fora.
As investigações apontam que o esquema era chefiado pelo assaltante Sandro da Silva Rabelo, o Sandro Louco, e contava com a ajuda de sua esposa, apontada como intermediária nas negociações, ou seja, na compra e armazenamento de entorpecentes.
A mulher do líder da facção e mais 42 pessoas são alvos de investigação da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, que resultou na operação “Grená”, deflagrada na última quarta-feira pela Polícia Civil resultou em 55 ordens judiciais (43 prisão e 12 de busca e apreensão).
As investigações apontam que Sandro Louco articula com a esposa, a entrada de 20 quilos de entorpecente. Depois pede para pegar 100, se referindo à quantidade da droga, com outra pessoa, e que metade é para entregar para outro indivíduo. A quantidade, no entanto, não entrou no presídio.
No dia 12 de setembro de 2013, a esposa e outra mulher foram presas por tráfico de entorpecentes, e teria conseguido liberdade e voltado novamente a atuar no tráfico de drogas a mando do marido. Essa mulher seria parente do traficante conhecido como “Dandão” que está em liberdade.
Sandro Louco ainda tem pena a cumprir de 161 anos, 9 meses e 24 dias, em regime fechado, por diversos crimes. Já cumpriu 17 anos, 7 meses e 14 dias, desde a primeira vez que foi preso em 1993.
Até sábado, foram 36 presos, sendo 27 detentos e 9 integrantes e colaboradores da facção que estavam do lado de fora das cadeias tiveram os mandados cumpridos. Sete ainda estão foragidos.
Oito detentos, sendo sete membros da cúpula do CVMT foram transferidos para a Penitenciária Federal de Natal (RN). Com isso, a Polícia espera desarticular o esquema. (AR)
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