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Agronegócios
Sexta - 09 de Maio de 2014 às 08:51

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Diante do caso de 'vaca louca' em um animal de Mato Grosso, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) irá apresentar ao governo federal uma lista de países que poderiam tomar alguma atitude desfavorável ao Brasil na comercialização de carne bovina. O assunto será repassado ao secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), Rodrigo Figueiredo, em reunião agendada para esta sexta-feira (9). A entidade quer, em parceria com o governo brasileiro, intensificar o trabalho de convencimento dos países compradores de que o rebanho brasileiro é saudavel e que o país cumpre todas as exigências sanitárias previstas na legislação internacional. O Mapa confirmou que uma missão técnica do Brasil viaja ao Peru na próxima semana para dar explicações.

O Peru, que já anunciou embargo por 180 nas importações dos produtos de origem bovina do Brasil, será o primeiro país a ser procurado. É o que ressaltou o presidente da Abiecs, Antônio Jorge Camardelli, em entrevista ao Agrodebate. "Na minha opinião, o embargo temporário do Peru para a compra de carne do Brasil foi um pouco precipitado. Temos certeza absoluta que njesse episódio da 'vaca louca' em Mato Grosso todas as regras previstas para diagnosticar a doença foram cumpridas integralmente", disse. Em 2013, o país comprou US$ 2,9 milhões de miudos de bovino do Brasil. De Mato Grosso, foram US$ 577 mil.

O comportamento do Egito também preocupa as autoridades e empresas brasileiras. Ainda não há restrição formal anunciada pelo país. No entanto, segundo a Abiecs, as autoridades do Egito estão dificultando a liberação de licenças para a compra da carne brasileira. A atitudade, que na prática, está inviabilizando as transações comerciais. No ano passado, o Egito se posicionou como o quinto maior nas exportações brasileiras, totalizando US$ 437 milhões entre carne desossada, in natura, congelada, miúdos e outros. Desse valor, US$ 116 milhões foram enviados pelas indústrias mato-grossenses.

Das exportações brasileiras de carne, Mato Grosso respondeu por 18% no ano passado. O presidente da Abiecs afirma que o estado precisar ser blindado dos efeitos negativos do episódio. "Trabalhamos para que os efeitos negativos sejam minimizados e que serevertam o mais rápido possível".

Entenda

O caso de 'mal da vaca louca' foi identificado em um animal criado em Porto Esperidião, sudoeste de Mato Grosso.A fêmea de 12 anos foi encaminhada para abate em São José dos Quatro Marcos, em 19 de março, mas apenas no frigorífico ela apresentou distúrbios neurológicos que indicam sinais da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).

Um fiscal do Mapa notou que a fêmea estava caída, a excluiu da fila de abate rotineiro na empresa e adotou os primeiros procedimentos em casos dessa natureza: abate, coletar amostra de material encefálico e encaminhar para análise laboratorial para a EEB.

Exames feitos no laboratório agropecuário nacional (Lanagro) acusaram a presença da proteína príon, causadora do mal da vaca louca.

Na última semana, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ratificou o resultado do exame feito no Brasil, cujo laudo deu positivo para a marcação priônica. No entanto, ainda não houve a confirmação da tipificidade do caso, ou seja, se foi típico ou atípico.

Outros 49 animais que tiveram contato com a fêmea, também foram abatidos sanitariamente no dia 26 de abril, apresentaram resultados negativos para o mal da vaca louca.





Fonte: Do G1

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