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Sexta - 09 de Maio de 2014 às 16:24

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Intervenção de deputados estaduais contribuiu para que o governo do Estado mantivesse os preços mínimos de comercialização dos produtos madeireiros, conhecidos como “pauta da madeira”. Após apelo de empresários e políticos, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) manteve o aumento em 4,1%. Havia a projeção de que com o fim da portaria 39/2014, os preços seriam elevados em mais 10%.

A luta foi encampada pelos deputados estaduais José Riva (PSD) e Dilmar Dal Bosco (DEM). De acordo com Riva, o aumento significativo faria com que o setor madeireiro perdesse a competitividade. “O setor madeireiro gera empregos, há muitos anos é o setor que preserva a floresta, pois não tem interesse algum em ver o desmatamento. A forma como estava prevista a pauta, tiraria o poder de competitividade dos nossos empresários, principalmente em relação ao estado do Pará. O manejo sustentável é o grande responsável por essa preservação da floresta”.

Diante da possibilidade do aumento, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) buscaram reunião com os deputados Riva e Dal Bosco na semana passada para promoverem intermediação junto ao governador Silval Barbosa (PMDB).

Após ouvir as preocupações do setor, Riva recebeu nessa semana, a confirmação do chefe do Executivo de que será mantido o aumento de 4,1%. “O Cipem fez estudo comprovando que o incremento de 10% na pauta da madeira inviabilizava o setor”, justificou o deputado.

Segundo Dilmar, o aumento previsto pelo Governo do Estado impactaria em até 100% algumas espécies de madeira. “Tornaria as peças inviáveis em relação aos demais estados produtores. Por isso é preciso manter a pauta da madeira até o final de ano para que possa garantir e dar condições ao setor que gera muitos empregos”.

O presidente do Cipem, Geraldo Bento, lembrou que o setor aceita o reajuste de acordo com a inflação, pois a pauta da madeira de Mato Grosso é a maior do país. “Temos a competitividade de mercado consumidor influenciada pela pauta. O setor florestal tem potencial e estamos explorando apenas 30% da capacidade. Já estamos decrescendo, precisamos do apoio do governo, falta gestão pública para o setor”, disse ao lembrar que 1,2 mil indústrias madeireiras e moveleiras atuam no Estado, contando com cem mil funcionários diretos e indiretos. O setor florestal contribui com R$ 85 milhões anuais de ICMS e R$ 19 milhões do Fethab.

O presidente da Fiemt, Jandir Milan lembra que, em caso de aumento da pauta, o setor entraria em decadência. “Agradecemos aos deputados Riva e Dilmar que se engajaram para não haver o aumento na pauta. Esse é o setor que alavancou o estado, já foi o maior empregador e hoje está em terceiro lugar”, lembrou.





Fonte: Só Notícias

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