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Quarta - 14 de Maio de 2014 às 07:21

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O vice-prefeito de Chapada dos Guimarães, Lisu Koberstain (PMDB), assumiu o Executivo municipal em substituição ao prefeito José das Neves (PSDB), afastado do cargo por suspeita de improbidade administrativa, conforme decisão da juíza da Segunda Vara Cível, Silvia Renata Anffe Souza, acatando arguição do Ministério Público Estadual (MPE), por 90 dias.<,p> Lisu foi eleito vice-prefeito pela coligação Ação e Desenvolvimento com Transparência, ocupou o cargo de secretário de Obras, mas deixou a pasta para ficar na condição de vice-prefeito por não ter conseguido apoio para desenvolver uma gestão compartilhada na secretaria. “Sou filho da terra e assumo a prefeitura com muita honra e lealdade”, disse o novo prefeito em palavras breves, na solenidade .

“Vou administrar com muito trabalho e atender a todos. Quero administrar este período em parceria com a Câmara de Vereadores, que é um poder independente e fundamental para o desenvolvimento da cidade e diretamente com a população”, completou Lisu Koberstain.

Na decisão de afastamento a juíza também determinou a indisponibilidade de bens de José das Neves no valor de R$ 2 milhões. Ela alegou conluio com empresas e fraude em contratos e licitações no transporte escolar.

O despacho da titular da Vara Cível atinge também o secretário municipal Aurelino Monteiro Caldas (Administração) e as empresas TransRodex Transportes, Elijack Transportes e Serviços, R. N. Costa Santos Transportes, além de Claudio Luciano de Mendonça, Erlan de Souza, Carmerindo Pinheiro Mamore, Reyneer Tour Ltda e Geson Benedito da Silva.

José das Neves dificilmente retorna ao poder, visto que a Câmara Municipal também deve pesir seu afastamento político>

a A denúncia feita pelo MPE e que terminou no afastamento do prefeito, que será de 90 dias, começou no início de 2013, quando os promotores desconfiaram de um grande esquema de beneficiamento, corrupção e desvio de dinheiro público envolvendo o prefeito José Neves, o secretário e empresas do setor de transportes.

No seu despacho, a magistrada escreve que “houve um gasto extremamente exagerado com transporte público municipal, sendo exorbitante a quantia de RS 2.030,466,40 com contratos que duraram nove meses para o transporte escolar de passageiros.

Essas empresas - segundo a denúncia inicial no MPE -, e seus proprietários representados no farto material investigado pelos promotores, tem conforme os autos, fortes relações com o prefeito e o secretário denunciados. Um detalhe que chamou atenção do MPE é que essas empresas já prestavam serviços na gestão passada e continuaram a fazê-lo sem licitação. Além disso, ele contratou, inicialmente, os serviços das empresas envolvidas que, curiosamente, foram vencedoras de licitação.





Fonte: O Documento

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