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Cidades/Geral
Quinta - 15 de Maio de 2014 às 07:56

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Terminou sem avanços a reunião entre os Sindicatos Patronal (STU) e dos Trabalhadores (Stett) do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande. Com isso, a categoria vai para assembleia geral, marcada para esta sexta-feira (16), para votar o indicativo de greve, prevista para começar a partir da zero de segunda (19).

“Os empresários mantiveram a última proposta que, com certeza, vai ser rejeitada”, adiantou o presidente do Stett, Ledevino da Conceição. No sábado e domingo, os 2.500 trabalhadores do setor, dos quais 1.500 motoristas, prometem realizar protestos pelas ruas da cidade. A paralisação por tempo indeterminado irá afetar cerca de 250 mil passageiros que utilizam o transporte nos dois municípios.

De acordo com Ledevino, a categoria reivindica reajuste salarial de 7,15%. Esse percentual elevaria o atual salário dos motoristas de R$ 1,680 para R$ 1.800, por exemplo. Porém, os empresários oferecem 4,65%, percentual considerado insatisfatório. “Está abaixo da inflação”, argumentou.

O mesmo índice de reajuste dos salários é exigido para o valor da bonificação aos motoristas, que também exercem a função de cobrador dentro do ônibus. Hoje, o valor da gratificação é de R$ 220,00. A categoria quer ainda a criação de um ticket alimentação no valor de R$ 400,00, disponibilização de três camisetas (para trabalho) por ano ao invés de duas e que o curso para motorista passe a valer como horas trabalhadas. O aprendizado é feito de cinco em cinco anos com duração de dois dias.

Ontem, foi a quarta reunião realizada entre representantes dos trabalhadores e dos empresários. Segundo o presidente do Stett, entre os argumentos usados pelos empresários para não atender as reivindicações é que na planilha de custo do sistema está previsto apenas o percentual de 4,65% proposto. A reportagem do Diário tentou falar por telefone com representantes do Sindicato Patronal, mas não obteve êxito.

A aprovação ou não da greve acontece em assembleias gerais marcadas para as 9 e as 15 horas desta sexta, no Sest/Senat. Aprovada, é publicado edital e dado o prazo de 72 horas para a paralisação das atividades, já a partir de segunda-feira (19).

TARIFA – Em junho do ano passado, o prefeito Mauro Mendes autorizou a redução da passagem de R$ 2,95 para R$ 2,85, em função da Medida Provisória nº 617, que zerou as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário e ferroviário em todo o país.

Após, atendendo uma recomendação da Comissão da Auditoria Técnica criada pelo Executivo para analisar a planilha de custo do setor, Mendes assinou decreto reduzindo o valor para R$ 2,60.

Já em março deste ano, a tarifa sofreu aumento de R$ 2,60 para R$ 2,94. Contudo, houve um desconto de R$ 0,14, para compensar o valor pago pelos usuários de forma indevida no ano passado, conforme levantamento feito pela Comissão da Auditoria. Com o desconto, a passagem passou a ser R$ 2,80.





Fonte: Do DC

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