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Internacional
Sexta - 16 de Maio de 2014 às 13:08

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AP Photo/Evan Vucci, File
Putin (à dir.) parece buscar maior acomodação com o EUA e UE
Putin (à dir.) parece buscar maior acomodação com o EUA e UE

Uma análise publicada pelo jornal The Guardian aponta os Estados Unidos como grande incentivador de uma provável guerra na Ucrânia.

O historiador americano William Blum publicou, em um resumo do registro da política externa dos Estados Unidos, dados que comprovam o envolvimento do país em diferentes períodos e políticas internacionais.

De acordo com o jornal The Guardian, desde 1945, o país tentou derrubar mais de 50 governos, interferiu nas eleições e bombardeou 30 países, usou armas químicas e tentou assassinar uma série de líderes estrangeiros.

Em muitos casos, a Grã-Bretanha é colaboradora. De acordo com John Pilger, colunista do jornal, os moradores do Ocidente não reconhece o sofrimento humano nas intervenções do país.

Em seu texto, Pilger afirma que o inimigo dos Estados Unidos, que se tornou do ocidente, mudou ao longo dos anos, do comunismo para o islamismo, mas o perfil é sempre de uma sociedade independente do poder ocidental, que ocupa um território estratégico ou rico em recursos, ou até mesmo que aparentem tendências alternativas à dominação dos Estados Unidos.

Segundo o jornal, esta é a primeira vez desde o governo do ex-presidente Ronald Reagan que os Estados Unidos estão ameaçando levar o mundo à guerra. “A Ucrânia está sendo dilacerada por forças fascistas desencadeadas pelos EUA e a UE”.

O golpe contra o governo democraticamente eleito em Kiev e a apreensão da Crimeia não atingiram as expectativas porque os russos se defenderam. A ação de Putin para defender cidadãos pró-russo pode gerar uma justificativa para a guerra, de acordo com o The Guardian.

Porém, Putin parece buscar uma melhor acomodação com Washington e a UE, retirando suas tropas das fronteiras e pedindo aos cidadãos que deixem o referendo de lado. Os pró-russos buscam uma federação democrática. Em muitos casos, não são “separatistas”, nem “rebeldes”, como a mídia ocidental diz, mas cidadãos que querem viver em segurança em sua terra natal.

De acordo com o The Guardian, a Ucrânia tem sido transformada em “parque temático” da CIA.

Um médico que trabalhava no auxílio aos atingidos pelos protestos disse, em entrevista ao jornal, que foi parado por neonazistas ucranianos que o empurrou e disse que os judeus de Odessa vão para o mesmo destino, em breve. “Eu me pergunto por que o mundo inteiro está se mantendo em silêncio”, diz.

Quando Putin anunciou a retirada das tropas da fronteira, o secretário de Defesa de Kiev, Andriy Parubiy, membro fundador do partido fascista Svoboda afirmou que os ataques a insurgentes continuaria.

Para o colunista, o mundo não mudou depois dos ataques às torres em Nova York. Daniel Ellsberg, um ex-militar que trabalhava para as Forças dos Estados Unidos, afirmou que o Pentágono dirige, atualmente guerras secretas em 124 países.





Fonte: Do R7

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