PP impõe condições para apoiar Taques
O PP está mais próximo de bater o martelo pela aliança com o PDT do senador Pedro Taques para a eleição deste ano. Na última quinta-feira (15), as legendas voltaram a se encontrar para discutir o acordo, que inclui a vaga de vice-governador aos progressistas.
Entre os filiados do PP, o nome mais cotado é do presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro. Na cúpula pedetista, ele é visto como um bom nome por ser do interior, ligado ao agronegócio e novo no cenário político, ou seja, sua candidatura ‘casa’ com o discurso de mudança que a chapa encabeçada por Taques vem propagando.
Contam a favor de Fávaro ainda o fato de o empresário Eraí Maggi (PP), que chegou a ser convidado por Taques para ser o candidato a vice, ser um dos principais apoiadores de seu lançamento na política.
O progressista só teria rejeitado o cargo por conta de um acordo para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que não deve estar no palanque de Taques.
Outro que defendeu o nome do presidente da Aprosoja foi o presidente do próprio PDT, o deputado estadual Zeca Viana. O parlamentar também acredita que o nome de Fávaro seria benéfico à chapa de Taques.
O fechamento com a sigla já é dado como certo por membros do PDT. No entanto, faria parte do acordo algumas questões. O PP quer garantir, por exemplo, espaço para apoio à presidente Dilma no palanque.
A condição, todavia, esbarra no interesse de outros partidos que já apoiam o projeto de Taques ao governo do Estado, uma vez o PSB tem o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), como candidato a presidente, e o PSDB tem o senador mineiro Aécio Neves.
Os tucanos foram os primeiros do grupo a vetarem o nome da presidente Dilma. Eles aceitam dividir espaço com Campos por conta de um acordo entre as lideranças nacionais das agremiações, que se uniram contra o governo petista.
Taques, por sua vez, tem afirmado não var problemas em defender mais de um candidato a presidente. Ressalta que isso reflete o “poder de articulação de um líder”.
Em entrevista recente ao Diário, o senador destacou, por exemplo, que o ex-governador Dante de Oliveira (já falecido) chegou a fazer campanha com o apoio de quatro presidenciáveis.
Os progressistas, entretanto, também querem que o senador garanta a coligação das legendas nas chapas proporcionais. Hoje os progressistas têm dois representantes na Assembleia Legislativa. Seu principal objetivo, apesar disso, é garantir a eleição de seu presidente, o deputado estadual Ezequiel Fonseca, à Câmara Federal.
CONCORRÊNCIA – A vaga de vice na chapa de Taques, no entanto, é disputada por mais agremiações. PPS, PSB e PSDB também pleitearam o posto.
O PPS tentou emplacar a primeira-dama de Rondonópolis, Ana Carla Muniz; o PSDB, o empresário Marino Franz; e o PSB, o ex-presidente da extinta Agecopa, Adilton Sachetti.
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