Palácio do Planalto considera operação da PF em Mato Grosso como retaliação
Membros do Palácio do Planalto apontam que a quinta etapa da operação “Ararath”, realizada ontem, em Cuiabá, foi uma retaliação da Polícia Federal contra o governo federal em decorrência de uma disputa de poder entre o órgão e o Ministério da Justiça. Este mesmo pensamento já havia sido disseminado durante a operação Lava a Jato, já que o governo acredita em uma ação “orquestrada” no vazamento de informações, principalmente, em relação ao deputado federal André Vargas (PT) e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Os interlocutores acreditam nesta hipótese já que a ação da Polícia Federal atingiu em cheio as principais lideranças e partidos ligados à presidente Dilma Rousseff (PT) como PMDB do governador Silval Barbosa e o PSD do presidente afastado da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva, que ainda está preso.
Além do fator negativo no grupo de situação, reportagem do Estadão aponta ainda que esta operação pode ter reflexos até mesmo no bloco oposicionista, que tem como pré-candidato ao governo, o senador Pedro Taques (PDT). Um dos principais financiadores da campanha do pedetista, ao Senado Federal, o empresário Fernando Mendonça também foi alvo desta operação (um mandado de busca e apreensão foi realizada na residência dele) em fase anterior.
Conforme Só Notícias já informou, a ação desencadeada, ontem, prendeu, além de Riva, o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes. Outras 30 pessoas foram encaminhadas à Superintendência da PF, em Cuiabá, para prestar depoimento e depois foram liberadas. Cerca de 60 mandados de busca e apreensão foram expedidos e cumpridos. A Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público Estadual, Prefeitura de Cuiabá, as residências do prefeito Mauro Mendes (PSB) e do governador Silval Barbosa (PMDB) foram alvos destes mandados. Neste locais foram apreendidos documentos que vão embasar o decorrer da operação.
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