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Internacional
Quarta - 21 de Maio de 2014 às 18:14

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O Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) concordaram em aplicar cinco novas medidas de transparência sobre o programa nuclear da República islâmica, anunciou nesta quarta-feira (21) a agência da ONU.

Duas dessas novas medidas, uma delas relativa aos testes com explosivos, fazem referência à possível dimensão militar do programa, segundo os termos do memorando que acompanha o comunicado recebido pela AFP.

O Irã se compromete em fornecer até 25 de agosto todas as informações exigidas, segundo a AIEA.

O anúncio foi feito depois da visita ao Irã de um dirigente da AIEA na segunda e na terça-feira para discussões sobre um acordo de transparência envolvendo o controverso programa nuclear de Teerã.

Estas negociações acontecem paralelamente às feitas entre o Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) sobre um acordo final garantindo a natureza pacífica do programa.

A AIEA e o Irã assinaram um acordo de transparência com sete pontos em fevereiro, que permitiu uma inspeção de duas instalações nucleares no Irã no início de maio.

O primeiro dos cinco pontos anunciados nesta quarta é "a troca de informações com a Agência sobre as alegações relacionadas aos testes de explosivos, incluindo a condução de experimentos com explosivos em larga escala no Irã".

A Agência procura obter respostas de Teerã sobre as evidências "críveis" de que o Irã teria conduzido pesquisas com o intuito de produzir a bomba atômica antes de 2003 e, talvez, para além dessa data.

A República Islâmica rejeita as acusações.

O Irã deve ainda fornecer informações sobre o desenvolvimento de detonadores para bombas. Em 2011, a AIEA havia manifestado preocupação quanto a esses detonadores por causa de sua "possível aplicação em um dispositivo explosivo nuclear'.

Uma outra medida diz respeito "à prestação de informações e esclarecimentos" sobre estudos de "cálculo e modelagem" feitos no Irã sobre o transporte de nêutrons.

A existência de estudos iranianos nesta área foi claramente identificada em 2011 pela AIEA como um "assunto de preocupação especial" para a agência, que considera pouco provável que esse tipo de pesquisa possa ser aplicada a outros fins que não sejam militares.

A AIEA e o Irã também chegaram a um acordo que permite o acesso da agência da ONU a um centro de pesquisas e desenvolvimento de centrífugas, bem como aos locais de produção e armazenamento desses equipamentos responsáveis pelo enriquecimento de urânio.





Fonte: Da France Presse

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