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Economia
Quarta - 21 de Maio de 2014 às 21:54

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O país criou 105.384 empregos com carteira assinada em abril, o que representa uma queda de 46,48% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 196.913 vagas formais. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho.

Trata-se do pior resultado para meses de abril desde 1999, quando foram abertas 57.543 empregos com carteira assinada. A série histórica do Ministério do Trabalho para este indicador tem início em 1992.

De janeiro a abril deste ano, foram criados 458.145 empregos formais, com queda de 16,5% frente ao mesmo período do ano passado, que registrou 549.064 vagas. Também é o pior resultado para os quatro primeiros meses de um ano desde 2009. No mesmo período daquele ano, as empresas contrataram 98.319 trabalhadores.

Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2014, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo (até o mês de março). Os dados de abril ainda são considerados sem ajuste.

'Pleno emprego'

A explicação do Ministério do Trabalho e Emprego para as quedas na geração de vagas formais está relacionada ao menor número de desempregados no país. "Dados do IBGE mostram que estamos em situação de pleno emprego. Não dá pra continuar tendo acréscimo espetacular [no emprego formal] como tivemos nos anos anteriores. Além disso, diminuiu o crescimento do PIB nos últimos anos", declarou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, referindo-se ao Produto Interno Bruto, que corresponde à soma de todos os produtos e serviços produzidos no país.

Por outro lado, acrescentou o ministro, o emprego continuará crescendo, embora em ritmo menor, porque houve a inclusão de milhões de pessoas na classe média. "E também temos grandes obras em andamento, como portos, aeroportos e rodovias leiloadas, além da Copa do Mundo, que também vai ajudar."

Segundo Manoel Dias, há "setores" que estão explorando politicamente os resultados do emprego formal. "Partidos políticos estão explorando isso. Há três candidaturas postas disputando as eleições presidenciais", afirmou.

O ministro do Trabalho disse ainda que está mantida a previsão de que sejam criados de 1,4 milhão a 1,5 milhão de empregos com carteira assinada neste ano, mas afirmou que este número pode vir a ser revisto para cima no futuro.

Desempenho por setores da economia

Segundo o Ministério do Trabalho, o setor de serviços liderou a criação de empregos formais nos quatro primeiros meses deste ano, com 295.932 postos abertos (contra 265.278 no mesmo período do ano passado). O setor inclui trabalhadores como médicos, vendedores de lojas, manicures, corretores de imóveis, garçons e motoristas.

A indústria de transformação, como as refinarias de petróleo, foi responsável pela contratação de 98.576 trabalhadores com carteira assinada no mesmo período. De janeiro a abril do ano passado, a indústria abriu 153.975 vagas.

A construção civil, por sua vez, registrou a abertura 75.725 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a abril deste ano, contra 121.013 vagas no mesmo período de 2013. Já o setor agrícola gerou 20.859 empregos nos quatro primeiros meses deste ano (contra a abertura de 15.889 vagas no mesmo período de 2013), enquanto o comércio fechou 60.587 vagas formais de janeiro a abril deste ano (contra 41.811 vagas fechadas nos quatro primeiros meses de 2013).

Regiões do país

Segundo números oficiais, o emprego formal cresceu em três das cinco regiões do país no primeiro quadrimestre deste ano. No período, a Região Sudeste abriu 238.444 empregos com carteira assinada e a Região Sul, 178.608.

A Região Centro-Oeste foi responsável pela abertura de 68.818 postos formais de emprego de janeiro a abril deste ano, enquanto que a Região Norte teve o fechamento de 38 postos de trabalho com carteira assinada. A Região Nordeste registrou o fechamento de 23.687 empregos com carteira nos quatro primeiros meses deste ano.





Fonte: Alexandro Martello

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