Repórter News - reporternews.com.br
Noticias da TV
Quinta - 22 de Maio de 2014 às 22:32

    Imprimir


A manhã de quarta-feira (21) foi atípica para quem sintoniza a Globo. Fátima Bernardes dedicou parte de seu programa para mostrar os efeitos da greve dos ônibus em São Paulo. A atração, que normalmente termina ao meio-dia, acabou mais cedo para o público paulista.

A apresentadora se despediu dos telespectadores da maior região metropolitana do país às 11h40. O telejornal local da Globo, o ‘SPTV 1a edição’, foi antecipado. A repórter Gloria Vanique, substituindo o titular César Tralli, passou a coordenar as equipes de reportagem posicionadas nos quatro cantos da cidade.

O jornalístico avançou alguns minutos no horário da edição paulista do ‘Globo Esporte’. E, durante a atração comandada por Tiago Leifert, as notícias sobre os clubes e a Copa foram intercaladas com a cobertura jornalística da paralisação de motoristas e cobradores.

Estratégia semelhante aconteceu nesta quinta-feira (22), quando a exibição do ‘Mais Você’ em São Paulo foi trocada por uma edição extra do ‘Radar SP’, ancorada por Rodrigo Bocardi, apresentador do ‘Bom Dia São Paulo’, e Gloria Vanique. O programa também ocupou o espaço do ‘Bem-Estar’.

Como o sistema de transporte na capital paulista estava praticamente normalizado, o informativo destacou os congestionamentos na cidade e a paralisação de viações da Grande São Paulo. Além de VTs (matérias gravadas) e links (entradas externas ao vivo), repórteres e produtores foram colocados no ar por telefone para atualizar as informações.

No final do ‘Radar SP’, Bocardi e Vanique anunciaram que as notícias seriam atualizadas durante o ‘Encontro com Fátima Bernardes’. Quem estava em São Paulo acompanhou durante longos três minutos a imagem de uma garagem lotada de ônibus, sem o áudio de nenhum jornalista.

A abertura e os primeiros minutos do ‘Encontro’ não foram exibidos. A situação se normalizou quando uma repórter passou a relatar o que via a bordo do Globocop. Em seguida, Fátima Bernardes surgiu na tela e continuou a abordar a pauta.

Nos dois dias atípicos, o que se viu foi o esforço da Globo em oferecer conteúdo relevante ao principal público de sua audiência. Os números de Ibope em São Paulo são usados por publicitários e grandes anunciantes. Em suas matérias, a imprensa também usa o resultado da aferição realizada em domicílios paulistanos.

Um programa pode ter ótima audiência nas demais regiões do país. Porém, se não for bem em São Paulo, é considerado um fracasso. Por isso a cúpula da Globo quer desengessar a programação para torná-la mais interessante ao público paulista — e tentar ganhar preciosos pontos nessa praça de TV.

Sempre que surgir um fato importante, a programação poderá ser mexida imediatamente. Antes, a Globo optava por flashes de poucos minutos para não alterar os horários da grade. O diretor-geral da emissora, Carlos Henrique Schroder, acredita que a cobertura ao vivo de acontecimentos é uma saída para estancar a perda de audiência.

A Globo sempre teve dificuldade em promover mudanças rápidas. Qualquer alteração maior na programação exigia meses e até anos de estudos e testes. Os tempos são outros. A emissora ainda é líder absoluta no ranking, mas vê sua audiência média despencar.

O jornalismo dinâmico, menos no estúdio e mais na rua, passou a ser visto como primordial para garantir a dianteira na TV aberta. A maior emissora do país percebeu que não dá mais para oferecer uma programação fechada. É preciso ter agilidade para exibir aquilo que o público anseia ver naquele exato momento.





Fonte: Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/395560/visualizar/