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Cidades/Geral
Sexta - 23 de Maio de 2014 às 14:44

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O promotor de Justiça Marcos Reginold Fernandes foi afastado temporariamente das funções que exercia no Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). O pedido partiu do próprio promotor de Justiça e foi deferido pelo procurador geral de Justiça, Paulo Roberto Jorge do Prado. 

Regenold, assim como Paulo Prado, é alvo de investigação da Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Ararath, que investiga um esquema envolvendo o mais alto escalão da política mato-grossense, empresas, servidores públicos e até membros do Judiciário.

O promotor foi alvo de busca e apreensão na terça-feira (20), quando agentes federais vistoriaram seu gabinete no Gaeco e a casa em que reside, localizada no bairro Santa Rosa. Segundo a PF, o promotor manteve ligação com o ex-secretário de Fazenda Eder Moraes. O intuito seria obter proteção contra investidas investigatórias da instância federal em desfavor do ex-secretário de Estado.

Conforme já revelado pelo Olhar Jurídico, Moraes foi alvo de busca e apreensão e também de condução coercitiva durante a deflagração da primeira fase da Operação Ararath. Segundo o MPF, o ex-secretário manteve diálogos que indicam “relações espúrias” como o promotor Regenold.

Os relatório da PF afirmam que Eder Moraes chegou a telefonar para o membro do Gaeco enquanto agentes federais faziam a busca e apreensão na sua residência, por determinação da Justiça Federal. “Ele parece cobrar do membro do MP/MT explicação do motivo da medida e parece tentar coordenar-se sobre a presença da prova documental no local”, relatam os procuradores.

Além do diálogo travado por celular, Moraes trocou SMS com o promotor Regenold. “O membro do MP/MT dá claros sinais de estar atuando junto ao Ministério Público Federal e ao Departamento de Polícia Federal em favor do ora requerido e sinaliza com orientação sobre depoimento que este prestaria ao MP/MT”.

Eder Moraes também é acusado de procurar Regenold para tumultuar e desfocar a investigação em curso e “induzir o Departamento de Polícia Federal acreditar em sua disposição para servir como colaborados premiado (...) tomando tempo e recursos da autoridade policial”.

Sindicância

A Corregedoria Geral do Ministério Público instaurou nesta quinta-feira (22) sindicância para apurar a conduta do promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes citada na Operação Ararath.

Durante a investigação serão levantados os fatos e as circunstâncias que culminaram na busca e apreensão realizada no Gaeco. O prazo para conclusão da sindicância, segundo ele, é de 45 dias, podendo ser prorrogável pelo mesmo período.

O procurador Geral de Justiça , Paulo Prado, bem como o promotor do Gaeco, Marcos Regenold, afirmam que todas as tratativas acerca das questões, que envolvem os referidos membros do Ministério Público do Estado, na quinta fase Ararath, visavam somente colaborar com as investigações já em trâmite. Ambos pontuaram suas justificativas, por meio de nota, acerca de terem se tornado investigados da ação do Ministério Público Federal (MPF).

Na sua argumentação Regenolt diz que refuta, com veemência, qualquer insinuação de que tenha agido com a finalidade de proteger Éder Morais. “Ao contrário, foi nossa a iniciativa de levá-lo à PF para que expusesse tudo que sabia, bem como foi nossa a iniciativa de remeter todos os documentos que ele nos repassou ao MPF”, consta do texto. 





Fonte: Olhar Direto

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