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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sábado - 24 de Maio de 2014 às 07:50

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O presidente do Sindicato dos Motoristas da Capital e Várzea Grande, Ledevino Conceição, anunciou, na tarde desta sexta-feira (23), que 100% da frota de ônibus vai ficar parada até segunda-feira (26).

Em coletiva de imprensa, o sindicalista afirmou que a decisão leva em consideração a segurança da categoria, uma vez que, desde o início da paralisação, na última terça-feira (20), 16 ônibus foram depredados.

"Preferimos pagar a multa do que ver um trabalhador, pai de família, ser penalizado ou sofrer algum tipo de violência, ao circular pelas ruas"

Com isso, os motoristas descumprem determinação judicial do Tribunal Regional do Trabalho de deixar circulando 70% da frota no horário de pico e 50% no entrepico. A multa diária por descumprimento é de R$ 30 mil.

“Preferimos pagar a multa do que ver um trabalhador, pai de família, ser penalizado ou sofrer algum tipo de violência, ao circular pelas ruas”, disse Conceição.

Hoje pela manhã, os primeiros 12 motoristas que chegaram à garagem, conforme o sindicalista, circularam nas vias. Horas depois, no entanto, usuários na região do Jardim Vitória e Jardim Florianópolis teriam jogado pedras em cinco veículos.

Ao saber do ocorrido, o comando de greve mandou que todos voltassem para a garagem.

“A princípio, o objetivo era respeitar o índice judicial, porém os próprios trabalhadores não aceitaram sair, mesmo porque temiam mais atos de violência”, explicou Ledevino.

Demissão em massa

Na próxima segunda-feira (26), às 14h, os motoristas e os empresários do setor participam de outra audiência de conciliação, mais uma vez mediada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRT).

"O que eles têm feito é colocar a situação de uma forma que nos joga contra a população. O que não queremos e o que não está acontecendo"

Na quinta-feira (22), as duas partes estiveram no órgão, porém nenhum acordo foi feito.

As reivindicações iniciais da categoria eram reajuste salarial de 7,15%, ticket alimentação no valor de R$ 400, aumento do abono dos que acumulam função de cobrador de R$ 220 para R$ 250, uniformes e protetor solar.

Durante o primeiro encontro, os empresários passaram o índice que ofereciam, de 4,63%, para 5,8%. A categoria rejeitou a proposta, porém retirou da lista de pedidos uniformes e protetores e reduziu o ticket alimentação para R$ 200.

“Nossa expectativa é que agora eles, finalmente, atendam e aceitem o valor que queremos”.

Para tentar chegar a um acordo, o presidente do Sindicato também encaminhou nesta tarde um documento às prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande para que ambas intervenham na discussão.

O objetivo de Ledevino Conceição é que os dois municípios apresentem tabelas sobre o transporte público, indicando faturamentos, despesas e se, de fato, os empresários não têm condições de arcar com o reajuste salarial sem precisar aumentar a tarifa do usuário.

“O que eles (empresários) têm feito é colocar a situação de uma forma que nos joga contra a população. O que não queremos e o que não está acontecendo”, garantiu o sindicalista.

Caso nenhum acordo seja feito, a categoria não rejeita pedir demissão em massa.

“Estamos dispostos a entregar nossas funções”. 





Fonte: Mídia News

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