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Segunda - 26 de Maio de 2014 às 20:16

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O deputado estadual José Riva (PSD), preso na última semana na quinta fase da Operação Ararath, afirmou ter sido vítima de uma "manobra política" arquitetada pelo senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Pedro Taques (PDT), a quem acusou de usar membros do Ministério Público como "cabos eleitorais" para perseguir e prejudicar seus adversários.

"Taques protege muito bem seus amigos, mas persegue implacavelmente seus inimigos”, criticou.

"O José Santoro é advogado do Fernando Mendonça, que era o caixa da campanha do senador Pedro Taques. O Fernando se reuniu com Júnior Mendonça no gabinete do senador, onde foi fechada a delação premiada"

Ele acusou Taques de ter influenciado o empresário Júnior Mendonça, que fez a delação premiada à Polícia Federal e ao Ministério Público.

Segundo Riva, o empresário Fernando Mendonça, também alvo da investigação da PF e principal doador da campanha de Taques ao Senado, em 2010, se reuniu com Júnior Mendonça e o advogado José Santoro para discutir a delação.

O deputado afirmou que a reunião teria ocorrido no gabinete de Taques, em Brasília.

“O José Santoro é advogado do Fernando Mendonça, que era o caixa da campanha do senador Pedro Taques. O Fernando se reuniu com Júnior Mendonça no gabinete do senador, onde foi fechada a delação premiada. E tiveram o assessoramento direto do Antero Paes de Barros", disse Riva.

"Então, daí, vocês imaginem qual o intuito disso. Me parece que estão querendo ganhar uma eleição por 'WO' (sem disputa), disse, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa.

Eleições e "alvos"

Para Riva, há o claro interesse em desgastar o grupo político adversário de Taques, que se utilizaria de membros do Ministério Público como "cabos eleitorais"

“O ex-juiz Julier era amicíssimo do Pedro Taques. Bastou cogitar uma candidatura a governador que foi alvo da Operação Ararath. O senador Blairo Maggi, era candidatíssimo a governador. Mas, estranhamente, foi só ter uma reunião com Taques, que deixou de ser candidato", disse.

Os empresários Júnior e Fernando Mendonça, que segundo Riva se reuniram no gabinete de Taques

O deputado disse que está sendo perseguido por sua influência e prestígio perante a classe política.

“Em nenhum momento me coloquei como candidato, mas todos sabem da minha relação com os prefeitos, vereadores, com a classe política de Mato Grosso. Não construí isso com discurso. Eu trabalhei por esse Estado incansavelmente”, afirmou.

“A motivação política é tamanha que de forma sórdida me denunciaram de tirar vantagem do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Se cada luta minha virar processo, não serão mais 100, serão mais de mil novos processos”, afirmou.

Relações suspeitas

Ainda durante a coletiva, Riva acusou a procurada do Ministério Público Federal Vanessa Christina Zago Scarmagnani, que atua em Cuiabá, de agir “deliberadamente” para induzir o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a erro, ao decretar sua prisão preventiva.

"Eu estou convicto de que as informações da procuradora Vanessa foram maliciosamente distorcidas. Estou convicto, não tenho dúvidas de que foram maliciosamente distorcidas para me prejudicar. A motivação política aqui é flagrante. Não tenho dúvidas disso", afirmou.

“Isso coloca em risco a credibilidade do trabalho da procuradora Vanessa. Ela, com certeza, é suspeita a partir desse momento”, disse.

Para o deputado, a tentativa de induzir Toffoli ao erro seria outra “manobra” de Taques.

“Me falaram que ela foi assessora do Pedro Taques quando ele era procurador da República”.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o senador Pedro Taques informou, por meio de sua assessoria, que irá se posicionar, ainda hoje, sobre as acusações do deputado Riva.





Fonte: Mídia News

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