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Internacional
Terça - 27 de Maio de 2014 às 14:06

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Nicolas Asfouri/AFP
O ministro da educação da Tailândia, Chaturon Chaisang, é detido por militares durante uma coletiva de imprensa em Bangcoc. Ele havia se recusado a se entregar ao novo governo após intimação da junta militar que aplicou um golpe no país
O ministro da educação da Tailândia, Chaturon Chaisang, é detido por militares durante uma coletiva de imprensa em Bangcoc. Ele havia se recusado a se entregar ao novo governo após intimação da junta militar que aplicou um golpe no país

O ministro da Educação da Tailândia, Chaturon Chaisang, foi detido nesta terça-feira (27) enquanto concedia uma coletiva de imprensa a jornalistas em Bangcoc. O local foi invadido por soldados armados que levaram Chaisang, segundo a Reuters.

O ministro havia se recusado a se entregar após intimação da junta militar que aplicou um golpe e tomou o governo do país. A entrevista ocorria no Clube da Imprensa Estrangeira.

Segundo testemunhas, oito soldados armados invadiram o local e detiveram o ministro. Outras autoridades do país foram detidas após o golpe ocorrido no dia 22 de maio, incluindo a ex-premiê Yingluck Shinawatra, que já foi libertada.

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Antes de ser detido, Chaisang disse não reconhecer a autoridade dos militares e defendeu o restabelecimento da democracia.

“Os líderes militares poderiam ter escolhido outra alternativa desde o princípio. A situação não teria se deteriorado e não teria se tornado uma desculpa para dar o golpe se tivessem cooperado com o governo para fazer cumprir a lei e tratar todas as partes com justiça”, disse aos jornalistas, de acordo com a agência EFE.

O ex-ministro é uma das mais de 200 pessoas que a junta militar intimou após o levante e das quais pelo menos a metade continua detida.

Chaturon esclareceu que não cumpriu a intimação por não reconhecer a autoridade do regime e explicou que, em sua experiência, após viver golpes como estudante, parlamentar e ministro, as pessoas convocadas pelos golpistas sempre acabam detidas.

O político foi um dos milhares de estudantes que reivindicaram mais liberdade em 1976 e que terminaram esmagados pelo exército, e passou os anos seguintes na clandestinidade até que a anistia fosse aprovada.

“Não tenho intenção de fugir, resistir ou lutar na clandestinidade, estou preparado para que me prendam”, disse.

O ex-ministro disse que se escondeu quando foi chamado pela junta militar porque sabia que seria detido, mas tudo mudou desde que o rei legitimou o golpe de Estado, e por isso decidiu se manifestar para defender a democracia.

Chaturon opinou que todas as medidas adotadas pelos golpistas desde que tomaram o poder e até receberem o respaldo do rei são ilegais, e “isto se demonstrará porque em breve vão aprovar uma anistia para se proteger”.

A junta militar dissolveu o governo e o legislativo, suspendeu a Constituição, exceto as disposições da monarquia, decretou toque de recolher e censurou os meios de comunicação.





Fonte: Do G1

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