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Economia
Terça - 27 de Maio de 2014 às 20:42

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O Brasil espera uma decisão das autoridades peruanas sobre o embargo de 180 dias à carne bovina brasileira, motivado pela confirmação de um caso atípico de vaca louca em bovino no estado de Mato Grosso.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), todas as explicações sobre o episódio - registrado no sudoeste mato-grossense - foram prestadas ao país vizinho após encontro entre os lados.

Ao impor a restrição temporária à carne, autoridades sanitárias do Peru informaram que o embargo poderia ser reduzido ou ampliado de acordo com as informações recebidas do Brasil sobre o resultado final de investigação da vaca louca e as medidas para garantir o comércio seguro de mercadorias.

As negociações entre os países se resume à venda de miúdos bovinos. Em 2013 o Brasil exportou 1.557 toneladas deste produto ao Peru, gerando uma receita de US$ 2,9 milhões. A participação nas exportações brasileiras em 2013 não chegou a 1% (0,1%).

Os embarques feitos exclusivamente por Mato Grosso foram pouco maiores a 313 toneladas de miúdos, sendo 1% das vendas totais de miúdo feitas pelo Estado.

O caso

A fêmea de 12 anos foi encaminhada para abate no frigorífico JBS em São José dos Quatro Marcos, em 19 de março, mas apenas na indústria ela apresentou distúrbios neurológicos que indicam sinais da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB).

Um fiscal do Mapa notou que a fêmea estava caída, a excluiu da fila de abate rotineiro na empresa e adotou os primeiros procedimentos em casos dessa natureza: abate, coletar amostra de material encefálico e encaminhar para análise laboratorial para a EEB.

Exames feitos no laboratório agropecuário nacional (Lanagro) acusaram a presença da proteína príon, causadora do mal da vaca louca. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ratificou o resultado do exame feito no Brasil, após análise em laboratório na Inglaterra.

Na última de suas considerações sobre o caso, o exame da OIE indicou que o caso da doença em Mato Grosso foi atípico, isto é, não representado risco para a sanidade animal e à saúde pública.





Fonte: Do G1 MT

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