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Quarta - 28 de Maio de 2014 às 10:27

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EDSON RODRIGUES
Eder Moraes é apontado pelo MPF como o principal operador do esquema investigado durante operação
Eder Moraes é apontado pelo MPF como o principal operador do esquema investigado durante operação

A Justiça Federal acatou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB) pela operação do esquema de crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro alvo da operação Ararath.

O peemedebista é acusado de 38 crimes e pode chegar a ser condenado a 314 anos de prisão, caso sejam aplicadas contra ele as penas máximas por cada delito cometido.

A decisão que acatou as denúncias é do juiz federal Jeferson Schneider, da Quinta Vara do Tribunal Regional Federal de Mato Grosso.

Além de Eder, tornaram-se réus no processo a esposa do ex-secretário, Laura Dias, e o secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes.

Conforme o MPF, Eder e Vivaldo praticaram em seis ocasiões o crime de lavagem de dinheiro, o que pode render uma pena de até 60 anos. Já a esposa do ex-secretário é acusada de ter participado por oito vezes o crime de operações de crédito sem a devida autorização ou mediante falsa declaração, além de lavagem de dinheiro.

Laura Dias é apontada pelo MPF como “testa de ferro” do marido. Parte do dinheiro, fruto de empréstimos ilegais, teria sido depositada na conta da empresa Laura T Costa Dias ME., propriedade dela.

O mesmo teria ocorrido no caso de Vivaldo Lopes. Outra parte da quantia teria sido depositada à empresa Brisa Consultoria e Assessoria, propriedade do secretário-adjunto.

O ex-gerente do BIC Banco, Luis Carlos Cuzziol, também figura como réu e deve responder pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de dinheiro.

A denúncia do MPF foi embasada nos depoimentos do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, pivô e delator do esquema. O Ministério Público aponta Eder Moraes, no entanto, como principal articulador do “banco clandestino” que funcionava por meio das empresas de Júnior Mendonça.

Conforme os depoimentos do empresário e a denúncia do MPF, Eder operava sob a orientação do senador Blairo Maggi (PR) e do governador Silval Barbosa (PMDB), mas também em benefício próprio.

Em um de seus relatos, Júnior Mendonça afirmou que na primeira vez em que esteve no BIC Banco fez um empréstimo de R$ 3 milhões, valor que teria sido repassado integralmente ao ex-secretário.

À época, Cuzziol era o gerente da instituição financeira. Ele teria afirmado ao empresário ter recebido ordens do dono do BIC Banco, citado apenas como “Binho”, para fornecer a quantia de que Júnior Mendonça precisasse, pois estaria, dessa forma, atendendo a um pedido do então governador Blairo Maggi.

A reportagem do Diário tentou contato com Vivaldo Lopes, que preferiu não se manifestar sobre a denúncia. Já a defesa de Eder Moraes, através do advogado Paulo Lessa, não retornou o contato até o fechamento desta edição. 





Fonte: Do DC

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