Maggi e Silval discutem "prejuízos" políticos após operação da Polícia Federal
Longe dos holofotes da imprensa, o senador Blairo Maggi (PR) e o governador Silval Barbosa (PMDB) teriam se reunido, em Brasília, na noite de terça-feira, para discutir o processo sucessório em Mato Grosso, com reflexos diretos provocados pela Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal. Ambos negam o encontro. Informações extraoficiais dão conta de que em razão da reunião com Maggi, Silval deixou de comparecer ao jantar promovido pelo vice-presidente da República, Michel Temer, na referida data, entre “governadores e pré-candidatos peemedebistas ao governo”, na presença da presidente Dilma Rousseff (PT).
Maggi está, particularmente, avaliando as consequências da Ararath, em função do envolvimento do seu nome e ainda de Silval, além de outros agentes políticos e parlamentares no inquérito que investiga crimes contra o sistema financeiro, tendo como principal elo o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes.
O senador chegou do exterior na terça-feira (27), e manteve contatos informais com representantes da política mato-grossense em Brasília. Um dos encontros teria ocorrido com seu primo, o megaempresário Eraí Maggi (PP), que participou de almoço entre a bancada progressista e a presidente Dilma. A reunião entre Maggi e Silval teria sido estritamente “reservada”.
O retorno de Silval ao Estado ocorreu na manhã de ontem. Maggi também seguiria para Cuiabá, na quarta-feira, mas a assessoria do parlamentar não confirma sua chegada a Capital. Ele estaria indignado com o quadro atual, tanto que à mídia nacional destacou sua disposição de abandonar a vida política em 2018, quando termina seu mandato no Senado.
Pré-candidato ao governo pelo PMDB, ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva, participou do encontro com Dilma, acompanhado do presidente estadual, Carlos Bezerra. O ato serviu, segundo ele, para alinhar os planos entre as duas legendas em relação aos projetos majoritários nos estados, incluindo Mato Grosso.
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