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Quinta - 29 de Maio de 2014 às 16:15

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O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), disse que o excesso de poder concedido pelo ex-governador Blairo Maggi (PR) e pelo atual, Silval Barbosa (PMDB), ao ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Copa, Éder Moraes, resultou no escândalo que culminou com a deflagração da "Operação Ararath" em novembro do ano passado.

“Deram muito poder para um louco. E louco a gente não analisa, só psiquiatra para entender”, disse o presidente da Assembleia.

Romoaldo lembrou que, quando assumiu o mandato em 2011, na condição de líder do Governo, se desentendeu com Éder Moraes justamente pelo excesso de poder que ele almejava ter no palácio Paiaguás.

“Meu primeiro desafeto aqui foi o Éder. Peitei ele desde o momento em que ele queria acumular a Casa Civil e da Secopa. Disse que o único que tem poder de acumular é o governador, que foi eleito pelo povo”, afirmou.

Para o parlamentar, os documentos guardados por Éder Moraes podem nem ser tão comprometedores como aparenta, já que as investigações ainda estão no início.

“Louco guarda coisas debaixo da cama achando que é remédio. Ele achou que guardando coisas de todo mundo poderia se fortalecer”, disse, numa referência aos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante busca e apreensão na casa de Éder Moraes em fevereiro deste ano.

Romoaldo afirmou ainda que o momento da classe política é de cautela e que não se pode fazer julgamentos precipitados, já que algumas coisas que apareceram, segundo ele, são consideradas absurdas.

“Ontem, vi uma nota promissória de R$ 29 milhões em nome do governador que não está assinada por ele próprio. Então, estão acontecendo coisas que ainda não dá para entender”, completou.

O presidente da Assembleia evitou "crucificar" Silval e Maggi por delegarem a Éder funções estratégicas no Governo reconhecendo o ex-secretário como um servidor “trabalhador e eficiente”.

“Acredito que ele ganhava a confiança das pessoas e se manteve no poder tentando resolver as coisas,. Só que a forma como ele fazia era errada, era uma forma não republicana”, opinou.

O deputado disse que se reunirá com o governador nesta tarde para discutir projetos para o Estado, mas que também falará com ele sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal.

"Vou discutir uma agenda positiva para o Estado, mas vou pedir também para ele vir a público falar com a sociedade", afirmou.





Fonte: DO FOLHAMAX

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