Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Sexta - 30 de Maio de 2014 às 10:51

    Imprimir


Citado no inquérito da Polícia Federal sobre a operação Ararath, o deputado estadual Mauro Savi (PR) acredita que manter o ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB) em cargos importantes foi um erro cometido pelo governador Silval Barbosa (PMDB).

Tido como o principal operador do esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, alvos da operação, Eder Moraes foi secretário de Fazenda, da Copa, e, mais recentemente, comandava o Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília.

“Hoje, por tudo que está acontecendo, está claro que foi tudo feito de caso pensado. O que assustou depois de tanta coisa que aconteceu foi ele ser colocado novamente em um cargo público. Já tinha indícios de uma série de problemas e ele voltou ao cargo no escritório em Brasília”, opina Savi, que é primeiro-secretário da Assembleia Legislativa e, portanto, ordenador de despesas da Casa.

Tanto o deputado republicano quanto o ex-presidente do Legislativo estadual, José Riva (PSD) são citados no inquérito policial.

Em depoimento à PF em 24 de fevereiro, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, afirmou ter sido procurado por Eder Moraes após o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas residências de ambos para propor-lhe um acordo.

O ex-secretário teria dito a Júnior Mendonça que “blindasse” o senador Blairo Maggi (PR) - à época da execução do esquema governador - em seus depoimentos, uma vez que o empresário já prestava informações aos agentes federais como delator premiado.

De acordo com a denúncia proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), o objetivo de Eder era o de culpar o atual governador Silval Barbosa (PMDB) e os deputados Mauro Savi e José Riva, que também são citados no inquérito.

Mauro Savi nega envolvimento no caso. Sustenta que as acusações sobre irregularidades em emissões de cartas de crédito e em contratos firmados pelo governo com diversas empresas são todas referentes a responsabilidades do Executivo.

O primeiro-secretário ainda argumenta nunca ter tido uma boa relação com Eder Moraes. “Isso pela nossa maneira de pensar”, justifica. Completa afirmando acreditar que as estratégias usadas pelo ex-secretário para tentar direcionar as investigações da PF são de responsabilidade, exclusivamente, dele. “A qualquer indagação a meu respeito, com certeza, irei responder”, garante.

O presidente da AL, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), defende a Casa. Para ele, as acusações de envolvimento de parlamentares no esquema não maculam a imagem do Legislativo.

Quanto a Eder Moraes, o presidente é sucinto. “Acho deram poder para um louco e louco você não analisa, só psiquiatra”, declarou. 





Fonte: Do DC

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/396127/visualizar/