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Sexta - 30 de Maio de 2014 às 15:39

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MidiaNews/Reprodução
Denúncia de Júnior Mendonça (no detalhe) aponta suposto envolvimento de Roberto Seror
Denúncia de Júnior Mendonça (no detalhe) aponta suposto envolvimento de Roberto Seror

Uma decisão em ação envolvendo cerca de R$ 71 milhões, que estava sob a responsabilidade do juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, teria sido negociada com o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, segundo o empresário Júnior Mendonça, em depoimento prestado à Polícia Federal.


O empresário, que é apontado como um dos operadores de um suposto esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso e ganhou o benefício da “delação premiada” ao contribuir com as investigações da Operação Ararath, afirmou que Éder, por meio de um intermediário, pagou R$ 500 mil ao juiz, para que este concedesse uma decisão favorável ao Estado de Mato Grosso.

Na ação, impetrada em 2009, foi requerida a penhora dos bens da Brasil Telecom – Oi, devido a débitos tributários que a empresa teria com o Estado.

Em agosto do mesmo ano, o juiz Roberto Seror atendeu ao pedido do Estado e determinou o bloqueio dos bens.

O valor utilizado para supostamente comprar a sentença saiu de empréstimo que Éder Moraes realizou junto ao empresário.

Ao pedir o empréstimo para negociar a decisão, segundo Mendonça, Éder teria combinado que o valor fosse emprestado “por meio de vários cheques emitidos pela Comercial Amazônia Petróleo”, empresa pertencente a Mendonça.

Os cheques, um de R$ 200 mil e o restante em diversos cheques de R$ 25 mil até completar R$ 500 mil, teriam sido, posteriormente, entregues pelo empresário a um intermediário de Éder Moraes, por nome Carlos Vasconcelos.

Conforme o depoimento que consta no inquérito da PF, pouco após o repasse dos valores, Júnior Mendonça tomou conhecimento da sentença de Roberto Seror e indagou a Éder “se o dinheiro emprestado se referia a esta decisão judicial, oportunidade em que Eder Moraes confirmou”.

Indícios

No inquérito, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que, alguns dias após a decisão judicial, houve a compensação do primeiro cheque de R$ 200 mil, indicado por Júnior Mendonça.

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Outro indício apontado pelo MPF é o fato de, pouco depois da compensação do último cheque, que totalizaria os R$ 500 mil, em novembro de 2009, o magistrado ter determinado a transferência dos valores bloqueados para a conta bancária da Procuradoria Geral do Estado.

“Os fatos trazidos ``a lume são indiciários da ocorrência dos crimes de corrupção ativa (Eder de Moraes Dias e Carlos Alberto de Vasconcelos) e corrupção passiva (Roberto Teixeira Seror)”, alegou o MPF.

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Outro lado

O Midiajur tentou insistentemente contato com a assessoria do juiz Roberto Seror, assim como com o próprio magistrado, para que se posicionasse sobre o assunto.

No entanto, até a edição desta matéria, não houve nenhuma manifestação.




Fonte: DO MIDIAJUR

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