OIE reafirma status de risco insignificante
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) decidiu manter o status do Brasil de risco insignificante para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “mal da vaca louca”. Com base no laudo do laboratório inglês de referência, o comitê científico da OIE entendeu que o animal identificado em Mato Grosso com a doença neurodegenerativa foi um caso atípico. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), durante a 82ª Seção Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OIE, que termina hoje (30) em Paris, na França.
Agora, a notícia que preocupou o setor produtivo pode se reverter em “publicidade” positiva para o Brasil. “Está provado que o sistema de vigilância sanitária do país funciona, uma vez que foi identificado um animal doente, os protocolos internacionais foram seguidos e o problema resolvido rapidamente. Mostrou que as pessoas aqui são sérias”, avalia o presidente da Federação de Agricultura de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, ao frisar que não existem razões para restrições à carne mato-grossense. “Os embargos têm conceitos econômicos e não sanitários. Acredito que o mercado vai voltar”.
Para o presidente do Sindicato dos Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Luiz Antônio Freitas, o resultado do trabalho feito em conjunto pelo poder público e o setor produtivo demonstrou transparência e segurança da indústria frigorífica brasileira. O encontro da OIE tem sido positivo para o Brasil. Além da EEB, segundo informações do Mapa, o país também obteve o certificado de país livre da peste dos pequenos ruminantes (como ovinos e caprinos), doença que causa febre e diarreia. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, nunca houve o registro da enfermidade no país.
Aftosa - Os 178 países integrantes da OIE declararam na quarta-feira (28) a erradicação da febre aftosa em mais 8 estados brasileiros. Agora 23 estados, incluindo Mato Grosso, e o Distrito Federal são reconhecidos internacionalmente como livres de aftosa com vacinação. A próxima meta é o reconhecimento do status no Amapá, Roraima e Amazonas. Na avaliação do presidente do Sindifrigo, o reconhecimento de mais estados poderá aproximar os mercados dos países do 1º mundo, mais exigentes, como o asiático e americano. “Cada estado considerado livre de aftosa é uma credibilidade a mais ao país. Estamos caminhando cada vez mais para mercados mais interessantes”.
Vale lembrar que amanhã (31) termina a 1ª etapa de vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso. A previsão é imunizar 12,6 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos até 2 anos.
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