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Economia
Sexta - 30 de Maio de 2014 às 21:57

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Em uma imaginária Copa do Mundo do PIB (Produto Interno Bruto), o Brasil também teria que sediar o evento para ter lugar garantido entre os oito cabeças de chave. A alta de 0,2% no 1° trimestre de 2014, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coloca o país na 9ª posição do ranking de crescimento econômico das nações participantes do Mundial de futebol da Fifa, segundo um levantamento feito a pedido do G1 pelo economista Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeiras MoneYou.

Dos 32 países que disputarão a Copa deste ano, entre 12 de junho e 13 de julho, 16 já divulgaram os resultados do PIB – que é a soma de todos os bens e serviços produzidos – no 1° trimestre. Esses números mostram a evolução das economias no início do ano.

O Japão lidera o ranking, com avanço de 1,5% nos três primeiros meses de 2014, seguido por Coreia do Sul (0,9%), Alemanha (0,8%) e Reino Unido (0,8%). À frente do Brasil, estão também Chile, Espanha, Bélgica e México. A Suíça aparece empatada, com igual crescimento de 0,2%.Veja a tabela acima.

"A atividade econômica ainda não se aproveitou do grande evento mundial, e muitos acreditam que os feriados forçados em dias de jogos neutralizarão os efeitos positivos dos gastos de turistas e brasileiros", avalia Vieira.

O levantamento também compara o PIB nominal dos países da Copa. Das maiores economias do planeta, só a China está fora do Mundial. Na análise do tamanho das economias, o Brasil aparece na 6ª posição da lista de 32 países, atrás dos Estados Unidos, com seu colossal PIB de US$ 15,9 trilhões, e também do Japão, da Alemanha, da França e do Reino Unido.

Na lanterna, aparece a Bósnia e Herzegovina, com um PIB anual de cerca de US$ 17 bilhões. O topo de baixo do ranking reúne também Gana (US$ 41 bilhões), Camarões (US$ 25 bilhões), Costa do Marfim (US$ 25 bilhões) e Honduras (US$ 18 bilhões). Veja o gráfico ao final do texto.

Futebol x economia

Entre as seis maiores economias da Copa, o Brasil é o maior campeão dos mundiais, com 5 títulos, seguido por Itália (4) e Alemanha (3).

O levantamento lembra que, em termos de apostas, o Brasil também vai bem nas bolsas, onde a expectativa é que o país chegue à final contra a Argentina no dia 13 de julho no Maracanã, no Rio, com 60% de chance de levar a taça, segundo um estudo do banco de investimento americano Goldman Sachs.

"Vemos que liderança em futebol nunca quis dizer absolutamente nada em termos econômicos e, comprovadamente, foram poucos os eventos dessa magnitude que deixaram um legado econômico e de infraestrutura positivos aos países", afirma Vieira. "Os defensores adoram citar as Olimpíadas de 1992 em Barcelona [na Espanha] e esquecem que o mesmo evento 'quebrou' a Grécia", pontua.

Segundo o economista, mais do que os gastos em estádios e infraestrutura para a Copa do Brasil, que devem girar em torno de R$ 30 bilhões, o que mais chama a atenção são os recursos a "fundo perdido", originários de investimento governamental. "O que se discute muito e origina os protestos não é o montante gasto ou o resultado disso, mas, sim, as inúmeras promessas não cumpridas, principalmente de infraestrutura, e a absurda redução da participação privada no evento, sendo esta uma das [Copas] mais caras e com maior 'share' [participação] estatal de todas", critica Vieira.






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