Enfermeiros ameaçam fazer greve
Profissionais da enfermagem que atuam na rede pública de saúde em Cuiabá ameaçam entrar em greve na próxima semana. O sindicato da categoria cobra mais agilidade na aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que está sendo analisado pela Prefeitura e ainda precisa ser aprovado pela Câmara de Vereadores.
Segundo o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT) a contraproposta do município deveria ter sido apresentada na última quinta-feira (29), mas um prazo de uma semana foi estabelecido a pedido do vereador Oséas Machado, que se comprometeu em agilizar o processo.
A categoria, que contempla ainda os técnicos e auxiliares de enfermagem, se reuniram ontem no Pronto-Socorro de Cuiabá e por diversas vezes afirmaram que a situação na saúde pública está cada vez pior. Além do valor do PCCS, a categoria cobra também melhores condições de trabalhos em todas as unidades de saúde do município.
Uma das profissionais alegou que a categoria é quem carrega o sistema de saúde. “Aqui no Pronto-Socorro, que não é mais nenhuma novidade, não há condições de trabalho. Tem dias que trabalhamos sem nenhum médico de plantão. Nesses dias não conseguimos nem tirar um tempo para repouso”, lembra.
O descanso noturno é um direito estabelecido por lei, mas os profissionais encontram diversas dificuldades, como a falta de estrutura dos espaços. “Não tem colchão nas camas, tem dias que o jogamos apenas um lençol no chão e vai ali mesmo”, conta a profissional.
Os enfermeiros só não deflagraram a greve ontem por motivos legais. Segundo a advogada do sindicato, como ainda há um processo de negociação em aberto com o município, a Justiça poderia considerar o movimento ilegal.
Na próxima segunda-feira (2), uma comissão do sindicato vai se reunir com a secretária-adjunta de Gestão, Ana Paula Villaça, para discutir as reivindicações.
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