PSDB ameaça deixar Taques caso grupo se aproxime de Dilma
O presidente regional do PSDB, o deputado federal Nilson Leitão, foi claro, ontem, durante encontro do partido em Mato Grosso, ao afirmar que “a sigla não estará no mesmo palanque que a presidente Dilma Rousseff”. A resposta de Leitão surge em um cenário de apoio ao pré-candidato ao governo, Pedro Taques (PDT), em que o PP do deputado Ezequiel Fonseca destaca a intenção de pedir votos para os planos de reeleição de Dilma, na plataforma do pedetista.
O tucano disse ainda que a cúpula do PSDB avalia uma participação na chapa majoritária de Taques, não sendo uma condicionante, reiterando que “seu nome não está à disposição para a função”. O PDT nacional está alinhado ao projeto do PT, só que em Mato Grosso, o contexto é outro, porque Taques é um crítico pontual das ações do governo federal. Essa postura colocou o parlamentar dentro do bloco da oposição, integrado pelo PSDB de Leitão, pelo DEM do senador e pré-candidato à reeleição, Jayme Campos e ainda por partidos como o PPS de Percival Muniz, PV e PSB.
Leitão tem muitos motivos para estar preocupado com o discurso de Fonseca, considerando ser ele o coordenador da campanha do pré-candidato à presidência, senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Não cabe no mesmo palanque. Essa é a posição do PSDB e do contrário, teríamos que reavaliar os planos”, assevera o tucano.
Em relação a vice de Taques, ele acrescentou que existem “muitos nomes fortes no partido que poderiam ocupar esse espaço”, preferindo não anunciar quais. A defesa do nome de Leitão para esse cargo foi posta principalmente pelo deputado Guilherme Maluf, que entende ser o PSDB uma agremiação alinhada ao projeto de transformação de Mato Grosso, proposto pelo PDT de Taques.
O grupo pedetista fechou questão sobre essa função ser destinada a um representante do agronegócio. É nesse aspecto que o PP ganha força, porque tem o nome do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), Carlos Fávaro, sua indicação. Megaempresário Eraí Maggi chegou a ser aventado para o posto, mas abriu mão, deixando seu respaldo para Fávaro.
Essa lista também é composta pelos nomes dos ex-prefeitos de Rondonópolis, Adilton Sachetti (PSB) e de Alto Garças, Roland Trentini (DEM).
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