Operação da PF pode não ajudar oposição, diz Júlio Deputado acredita que operação não irá ajudar oposição
A Operação Ararath, da Polícia Federal, responsável por prender políticos e fazer dezenas de buscas e apreensões, como na residência do governador Silval Barbosa (PMDB), pode não ajudar diretamente a pré-candidatura ao Governo do senador Pedro Taques (PDT).
A avaliação é do presidente regional do Democratas, deputado federal Júlio Campos.
"Acho que o grupo de oposição vai ter que trabalhar bastante para ganhar as eleições, independente de Operação Ararath"
Ele afirmou que, mesmo o grupo de oposição sendo pouco atingido, ainda não é possível afirmar que os desdobramentos da operação irão favorecer a oposição.
“Estou acompanhando de longe, porque, graças a Deus, estou de fora dessas tramoias que ocorrem em Mato Grosso. Acredito que não vá mudar, tanto, na oposição [as articulações políticas], porque fomos pouco atingidos”, disse.
“Acho que o grupo de oposição vai ter que trabalhar bastante para ganhar as eleições, independente de Operação Ararath. Temos que trabalhar e ver se conseguimos ganhar a simpatia do povo de Mato Grosso”, considerou.
O democrata acredita que a operação, deflagrada pela Polícia Federal, deva ter mais influência em Cuiabá e Várzea Grande do que no Interior. Isso porque, em sua visão, os municípios do interior estão mais preocupados com questões como falta de investimento e estrutura.
“Aqui em Cuiabá fica toda essa fermentação em cima da operação, mas no Interior não chega tanto essas questões. O que chega é o que falta para o povo, como a saúde que não funciona, educação que está ruim, a falta de segurança nas cidades do interior, a situação precária das estradas, promessas que são cumpridas por políticos”, enumerou.
Mauro Mendes
O deputado preferiu não falar a respeito da busca e apreensão no gabinete e residência do prefeito Mauro Mendes (PSB), que também faz parte do grupo de Taques.
Os agentes federais buscavam por documentos sobre um empréstimo que Mendes fez junto à empresa Amazônia Petróleo, no valor de R$ 3.450.000,00, durante campanha eleitoral, em 2012. A Amazônia Petróleo é de propriedade de Júnior Mendonça, alvo principal da Ararath.
“Isso é uma coisa pessoal e cada um tem que fazer sua defesa, não quero interferir muito para não dizer que estamos torcendo contra ou magoado, porque qualquer político pode passar por isso. Agora vai depender das decisões do Poder Judiciário”, disse.
O parlamentar garantiu, ainda, que as rusgas com Mendes já é “caso superado”.
A relação entre o PSB e o DEM, estava estremecida depois que Mendes e Campos trocaram acusações pela imprensa.
“Isso é assunto passado. Depois dessa discussão em público, muitas coisas já aconteceram, inclusive essa questão da Operação Ararath. O que interessa, agora, é preservar o grupo para ganhar as eleições”, afirmou.
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