PGR vai propor ‘força-tarefa’ em Mato Grosso Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quer reforças as investigações do Ministério Público Federal sobre esquema operado no Estado
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai propor a criação de uma ‘força-tarefa’ para reforçar as investigações do Ministério Público Federal em Mato Grosso sobre o esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro alvos da operação Ararath.
A sugestão deve ser feita ao Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) já na próxima terça-feira (3). A intenção é trazer para o Estado mais procuradores para atuar no caso.
Janot é quem tem coordenado a execução e sigilo sobre as apurações. A responsabilidade foi atribuída a ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando foram deferidos os mandados de busca e apreensão cumpridos no último dia 20, ocasião que foi deflagrada a quinta fase da operação.
Sediada em Brasília, a PGR tem atuado nos inquéritos que tramitam no STF e atingem os investigados que possuem a prerrogativa de foro privilegiado, como o deputado estadual José Riva (PSD) e o governador Silval Barbosa (PMDB), além do senador Blairo Maggi (PR).
Também foi determinação de Rodrigo Janot as diligências cumpridas junto ao Ministério Público do Estado (MPE). Foram apreendidos documentos no gabinete do promotor de Justiça Marcos Regenold.
O MPE se tornou alvo de suspeitas após uma lista com o nome de 47 promotores ser encontrada na residência do ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB). Junto aos nomes havia a descrição de valores que, segundo o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, correspondem a cartas de crédito referentes a férias acumuladas.
O Ministério Público Federal em Mato Grosso tem atuado em conjunto com a Polícia Federal. Cabem a eles os inquéritos que tramitam perante à Justiça Federal no Estado.
São alvos destes, por exemplo, além de Eder Moraes, o ex-secretário-adjunto de Fazenda, Vivaldo Lopes, e o delator do esquema, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. Também dezenas de pessoas jurídicas que teriam se utilizado do “banco clandestino” operado por meio das empresas Global Fomento e Amazônia Petróleo.
Ao todo, é apurada a prática de, pelo menos, oito crimes: lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, agir como se instituição financeira fosse, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documento público.
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