Depoimento revela ‘paraísos fiscais’ no Panamá e Uruguai
Além de revelar a forma como era operado o esquema de lavagem de dinheiro investigado na operação Ararath, o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, afirmou em depoimento que autoridades políticas e lideranças empresariais de Mato Grosso possuem “investimentos” em paraísos fiscais como o Panamá e Uruguai.
O fato veio à tona por meio da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que revogou a prisão preventiva do ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB).
No despacho, ele cita este trecho da delação premiada do empresário para justificar a apreensão do passaporte do peemedebista. Eder tem até amanhã para entregá-lo ao STF.
“Para impedir o prosseguimento de atividades ilícitas, em face da notícia de que a apontada organização criminosa teria interesses (possivelmente contas ou ativos) no exterior (ao que consta, ao menos no Panamá, conforme declarações de Gércio Marcelino Mendonça Junior à fl.86), e para se assegurar a futura aplicação da lei penal, proíbo o requerente de se ausentar do país”, diz o ministro.
O conteúdo da delação premiada de Júnior Mendonça permanece sob sigilo. Apenas uma parte foi revelada por decisão da Justiça Federal em Mato Grosso.
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