Rodoviária de VG fica só na promessa

Muita especulação e nenhum resultado. Assim pode ser definida a situação do tão sonhado Terminal Rodoviário de Várzea Grande, que há anos está na pauta do Executivo municipal e estadual à espera de solução. Após muitas promessas, a construção da rodoviária ainda deve levar tempo para, de fato, começar. Isso porque Prefeitura e Estado ainda procuram área para colocar em prática o projeto.

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Tarcisio Bassan, argumenta que não se trata apenas de achar um terreno para a implantação do terminal. “Essas áreas têm altos preços e prefeitura não tem caixa para bancar desapropriação”, afirma. A pasta está encarregada de encontrar o local ideal para a execução das obras.

Pelo menos cinco áreas foram cotadas para a instalação do terminal nos últimos anos, mas o elevado preço ou litígio em alguns terrenos são os dois principais entraves detectados pela prefeitura, segundo Bassan. Garante que há cobrança por parte do prefeito Walace Guimarães (PMDB), mas que “se fosse fácil, o problema teria sido resolvido há anos”.

O prefeito, por sua vez, reforçou durante entrevista ao Grupo Rdnews na última semana que o município não pode construir uma rodoviária e entregar de mãos beijadas para a iniciativa privada. Contou ainda que um empresário chegou a se interessar pela construção do terminal no entorno da Avenida Mário Andreazza, mas que, em troca, a Prefeitura teria que doar um terreno em outra localidade. “Mas não temos terrenos porque todos já foram doados em gestões passadas”, contrapôs.

Projeto

O projeto da nova rodoviária já está pronto e terá capacidade para atender além da população local, já que o município é porta de entrada e saída para a região Norte do Estado. A ideia, conforme explica o secretário municipal de Obras, Gonçalo de Barros (PMDB), é que o terminal comporte, ainda, um shopping. Cita como exemplo os de Goiânia (GO) e Campinas (SP), onde funcionam rodoshoppings, com lojas e praça de alimentação.

A expectativa é que o terminal seja construído nas proximidades da Avenida Mário Andreazza, principalmente por conta da localização de fácil acesso, já que se encontra entre Cuiabá e o centro de Várzea Grande, e pelo crescimento econômico da região.

Por outro lado, Gonçalo destaca que o município tem prioridades mais urgentes que a rodoviária. “Aqui tudo é urgente”, diz. Para ele, o ideal é que a Prefeitura firme uma Parceria Público-Privada (PPP) para dar celeridade ao processo. “O sonho é construir, mas é muito difícil. Vamos fazer de tudo para tirar do papel”, assegura. Enquanto isso, a população deve se contentar com o pequeno e precário terminal de parada na avenida Júlio Campos.